Blog do Roberto Ventura
Uma verdade incontestável

Lendo pela terceira vez essa que é considerada a maior obra filosófica de todos os tempos, - O Príncipe, de Nicolau Maquiavel -, resolvi transcrever um trecho por demais interessante desse importante filósofo, teórico, pensador, político, historiador, diplomata, músico, considerado o "Pai do Pensamento Político Moderno".
No capítulo XXII Maquiavel fala sobre os secretários que o príncipe tem junto de si.
“Não é de pouca importância para um príncipe a escolha de seus ministros, [leia-se secretários, assessores graduados] os quais são bons ou não, segundo a prudência do príncipe; e, a primeira conjectura que se faz da inteligência de um senhor, [governante ou não] resulta na observação dos homens que o cercam; quando são capazes e fiéis, sempre se pode considera-lo sábio, porque soube reconhecê-los competentes e, assim, conserva-los. Mas quando não são assim, sempre se pode fazer mal juízo do príncipe, porque o primeiro erro por ele cometido reside nessa escolha. Mas para que um príncipe possa conhecer o ministro, existe um método que não falha. Quando vires o ministro pensar mais em si do que em ti, e que em todas as ações procura o seu interesse próprio, podes concluir que este jamais será um bom ministro e nele nunca poderás confiar.
Por outro lado, o príncipe para conserva-lo bom ministro, deve pensar nele [ministro], honrando-o, fazendo participar das honrarias e cargos, afim de que veja que não pode ficar sem sua proteção, e que as muitas honras não o façam desejar mais honras, as muitas riquezas não o façam desejar maiores riquezas e os muitos cargos o façam temer as mudanças. Quando, pois, os ministros, e os príncipes com relação aqueles, estão assim preparados, podem confiar um no outro, quando não for assim, o fim será sempre danoso ou para um ou para o outro.
Logo, concluímos que, para se governar bem e com sucesso, é necessário que o governante tenha ao seu lado assessores capacitados, qualificados, sem vícios; os assessores têm que pensar no todo e não na parte. O governo terá sucesso conforme a escolha de seus assessores; quando esses são bons competentes e dinâmicos, a administração será de pleno sucesso, mas se eles não o são, o governo será de total fracasso. Não se pode delegar poderes aqueles que não têm o mínimo de conhecimento da função que irá exercer.
Conhece-se o caráter e a competência de um governante quando na escolha de seus assessores, das pessoas que irão exercer os mais alto cargos na administração e encarregados das mais difíceis missões, pois, os assessores são o espelho, o cabeça e o coração do governante.
Sobre o blog
Roberto Ventura: Bel. em Ciências Sociais ( Cientista Político), Jornalista, Radialista, Pós-graduado em Assessoria de Comunicação e Marketing, cursou Marketing Político, Ex-Arbitro de Futebol Profissional
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