'Quê de CSI': roteirista revela como será o novo filme do caso Richthofen
O terceiro filme será 'A Menina Que Matou Os Pais - A Confissão'
"A Menina Que Matou os Pais" e "O Menino Que Matou Meus Pais" foram lançados em 2021, direto no Amazon Prime Video e se tornaram um sucesso instantâneo de audiência. Os dois filmes abordaram a história dos crimes envolvendo a família Von Richthofen, quando a filha Suzane tramou o assassinato dos pais com o namorado, Daniel, e o cunhado, Cristian Cravinhos. Cada um dos filmes conta um dos lados do delito.
O êxito dos longas mostraram à produtora Santa Clara - responsável pelos dois primeiros - que há um grande interesse pelo assunto. Assim, um terceiro título foi anunciado: "A Menina Que Matou Os Pais - A Confissão".
O longa traz novamente Carla Diaz no papel principal de Suzane Von Richthofen e a dupla de roteiristas Raphael Montes e Ilana Casoy, também responsáveis pela série "Bom Dia, Verônica", da Netflix.
Em entrevista a Splash, Montes explica o que será abordado em "A Menina Que Matou Os Pais - A Confissão". "Tem uma história ótima ainda a ser contada: como eles foram pegos? Um disse uma coisa, outro dizia outra coisa, mas ia até cometer o crime. Como a polícia chegou neles? Então, acho que esse era o desafio também, pois é muito interessante você entender onde é que estão os erros que eles cometeram, os deslizes que os levaram à prisão, e a confissão deles."
"Esse novo [filme] é muito em cima especialmente do pós-crime. Ou seja, do julgamento. A Ilana Casoy escreveu um livro sobre esse caso, justamente essa parte.
Roteirista acredita que os espectadores descobrirão novos detalhes sobre o caso. "Tenho certeza."
Focado em explicar como os criminosos foram descobertos, o longa é um suspense. "O primeiro é mais um suspense psicológico, porque você entende a lógica de um e do outro, ainda que absurdas, claro. E esse é o mais um thriller investigativo policial mesmo, de juntar pista, de DNA, de falar 'essa roupa estava aqui, não estava lá'. Tem um quê de 'CSI'."
Mesmo conectados, o autor explica que foi instigado a criar uma abordagem que diferencie o novo filme do antigo. "Foi um desafio de fazer uma história diferente, pois é totalmente diferente dos dois filmes anteriores. Tem uma ligação, claro, porque é o mesmo universo, os mesmos personagens e os atores, mas é totalmente diferente: é muito mais um thriller policial investigativo."
Por se tratar de um crime real, Raphael Montes fala da necessidade de tratar com seriedade o assunto e se basear nas provas usadas no tribunal para construir o roteiro. "O filme é muito em cima da investigação, em cima de provas concretas, relatórios do processo. Os dois primeiros foram feitos em cima do processo também, mas este [filme] é em cima dos dados concretos do processo, ou seja, o que o perito encontrou, o que o policial interrogou. Nesse sentido, a gente teve que sim tomar cuidado, mas também não foi um medo nosso de maneira nenhuma, porque é tudo feito com muita responsabilidade de todos."
Escritor explica que não houve o envolvimento das partes ligadas ao crime. Portanto, Suzane von Richthofen, Daniel e Cristian Cravinhos não foram consultados. "Os filmes são totalmente independentes deles. Eles não lucraram nada com os filmes, eles não foram consultados, até porque hoje em dia são pessoas absolutamente diferentes de quem eram naquela época. Nós temos os registros do que foi feito e dito, investigado naquela época, então o nosso trabalho foi todo feito em cima do que foi dito, feito, mostrado e registrado naquela época. Não conversamos com os envolvidos, não sabemos se eles viram os filmes, não sei de nada."
"A Menina Que Matou Os Pais - A Confissão" já está gravado, mas ainda não foi divulgada uma data de lançamento. Enquanto isso, Raphael Montes se prepara para lançar a terceira temporada de "Bom Dia, Verônica", o filme "Uma Família Feliz" e seu primeiro livro infantojuvenil, "A Mágica Mortal".