Futebol

Coutinho comanda vitória do Brasil por 3 a 0 sobre a Bolívia

Meia marcou dois e Everton Cebolinha marcou o outro gol

Por Terra 14/06/2019 23h11
Coutinho comanda vitória do Brasil por 3 a 0 sobre a Bolívia
Coutinho celebra o primeiro gol do Brasil - Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press

A seleção brasileira na Copa América não será mais o time de Neymar, mas deve ser agora o de Philippe Coutinho. O jogador do Barcelona assumiu a responsabilidade, fez dois gols e comandou a vitória da equipe sobre a fraca Bolívia por 3 a 0 nesta sexta-feira na partida de abertura, no estádio do Morumbi. Mesmo sem ser brilhante, o Brasil começa a campanha com resultado positivo e um personagem disposto a ser o novo protagonista.

O meia ajudou a salvar uma atuação pouco convincente. Cortado por lesão, Neymar fez falta e pela criatividade e capacidade de atrair vários marcadores. A Bolívia conseguiu segurar a pressão pelo primeiro tempo e apesar da total incompetência para levar perigo, mostra o quanto a seleção brasileira precisa melhorar e mostrar mais intensidade.

Se jogar em casa já foi para o Brasil uma vantagem e em outros momentos, como na Copa de 2014, causa de nervosismo, na estreia na Copa América ser mandante pareceu um fator neutro. O estádio do Morumbi se coloriu de camisas amarelas e estava quase lotado, mas sem traduzir isso em pressão. O ambiente foi muito silencioso durante maior parte do jogo. Dos assentos era possível ouvir o barulho das divididas e dos gritos dos jogadores dentro de campo.

O comportamento frio do público ficou à altura do futebol ruim da seleção brasileira no primeiro tempo. Vestida de branco, a equipe cruzou mais de 20 vezes a bola na área, por falta de alternativas melhores. O armador Philippe Coutinho errou muito, os pontas tentavam resolver sozinhos e bola girava ao redor da defesa boliviana sem rumo. Do campo não veio o incentivo para a torcida se inflamar.

A torcida só se manifestou no começo da partida ou por gritos homofóbicos contra o goleiro Lampe ou quando o árbitro encerrou o primeiro tempo. As fortes vaias pontuaram o quanto a seleção brasileira estava abaixo do esperado. Foram pouquíssimas finalizações perigosas de um time nada empolgante.

A dificuldade em atacar era esperada, até pela forte marcação boliviana, porém não demonstrar intensidade e vibração capazes de ao menos movimentar a partida foram falhas graves. A presença de dois volantes (Casemiro e Fernandinho) se mostrou uma cautela excessiva contra um adversário sem ambição de atacar.

Os erros do Brasil acabaram corrigidos no segu

Já com a tranquilidade da vitória, a equipe ainda viu Everton entrar e anotar o dele. O atacante do Grêmio, uma aposta do técnico Tite nos últimos meses, fez ótima jogada individual e concluiu a gol com um belo chute cruzado. O placar de 3 a 0 marca uma largada positiva mais pelo resultado do que pelo desempenho.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 3x0 BOLÍVIA

BRASIL: Alisson, Daniel Alves, Marquinhos, Thiago Silva e Filipe Luís; Casemiro, Fernandinho e Philippe Coutinho; Richarlison (Willian), Roberto Firmino (Gabriel Jesus) e David Neres (Everton). Técnico: Tite.

BOLÍVIA: Lampe; Diego Bejarano, Haquin, Adrián Jusino, Marvin Bejarano; Justiniano, Saucedo (Wayar), Raúl Castro (Ramiro Vaca), Chumacero e Saavedra (Leonardo Vaca); Marcelo Moreno. Técnico: Eduardo Villegas.

Gols: Coutinho, aos 4 e aos 7, e Everton, aos 39 minutos do segundo tempo.

Cartões amarelos: Saucedo, Coutinho

Árbitro: Nestor Pitana (Argentina)

Público: 46.342 pagantes (47.260 total)

Renda: R$ 22. 476.630,00

Local: Morumbi, em São Paulo

ndo tempo graças ao árbitro de vídeo. Antes da etapa final virar um drama pela falta de gols, a tecnologia assinalou um toque de mão de Jusino na área, aos 4 minutos. O lance havia passado despercebido pelo árbitro Nestor Pitana. Coutinho pegou a bola e bateu no canto direito do goleiro para fazer 1 a 0. Abrir o placar foi a senha para a retranca boliviana desmoronar e a vitória se consolidar.

Logo depois, aos sete, a Bolívia deu espaço para Firmino servir para o pequenino Coutinho (1m72) completar de cabeça para as redes. Com dois gols marcados tão rapidamente, o Brasil relaxou de vez. A obrigação estava cumprida, sem dar espetáculo. Restou ao Brasil pelos mais de 40 minutos restantes administrar o jogo sem nem precisar ver o goleiro Alisson trabalhar.