Atlético-MG faz 2 a 0 em jogo alucinante, mas vaga nas semis fica com o Cruzeiro
Clássico mineiro teve todos os itens de equilíbrio e tensão que caracterizam as partidas entre os dois times

Todos os itens de equilíbrio e tensão que caracterizam um clássico se fizeram presentes no Independência nesta quarta-feira. Dois golaços, emoção até o fim, expulsões e o VAR como protagonista deram a tônica da vitória de 2 a 0 do Atlético-MG sobre o Cruzeiro. Só que a festa, no fim, foi da parte azul de Minas Gerais, no confronto pelas quartas de final da Copa do Brasil.
O resultado foi o suficiente para a equipe de Mano Menezes que na semana anterior vencera facilmente por 3 a 0 um descuidado arquirrival no Mineirão, encaminhando sua 11ª participação nas semifinais do torneio. Na noite desta quarta-feira, contudo, Atlético e Cruzeiro fizeram suas torcidas perderem o fôlego durante pouco mais de 90 minutos.
Quem precisava ousar era a equipe do técnico Rodrigo Santana, mas quem surpreendeu mais na escalação foi Mano Menezes. Ao contrário do que se cogitava, o comandante cruzeirense não repetiu a escalação da vitória elástica da semana passada. Desta vez, Ariel Cabral deu lugar a Lucas Romero, que reforçou a marcação no setor e abriu vaga para Orejuela, recém-recuperado de uma cirurgia no joelho. No setor ofensivo, Thiago Neves, que costuma ser decisivo em torneios mata-mata, foi para o banco para a entrada do centroavante Fred.
Com maior posse de bola nos minutos iniciais e boa movimentação do trio Otero, Chará e Cazares, o Atlético imprimia correria, mas era pouco efetivo e, sem achar Alerrandro no comando de ataque, não conseguia machucar o time azul.
Com espaço para contragolpear, o Cruzeiro teve as primeiras boas oportunidades de abrir o placar: com Robinho, aos 17, e Patric, quase marcando contra aos 20, de cabeça, após bola alçada na área por Robinho. A equipe da casa respondeu forte com Elias, aos 25, pegando lançamento de voleio e obrigando Fábio a fazer grande intervenção.
O bonito chute do volante era um prenúncio do gol que sairia nove minutos depois. Com movimento semelhante, Cazares acertou um petardo em lance iniciado por Chará. O colombiano encontrou Patric, que cruzou da direita para Fábio Santos. Do segundo pau, o lateral tocou de cabeça buscando o meio da área, onde estava o equatoriano para abrir o marcador no Horto.
Na saída para o intervalo, o autor do golaço atleticano foi direto na resposta sobre como fazer para reverter a vantagem cruzeirense: "Temos que melhorar esse jeito de jogar e marcar mais dois". De volta para a etapa final, a mensagem parece ter sido captada pelo trio gringo de meias atleticanos, que voltou ainda mais abusado. Aos seis minutos, uma boa trama de Cazares e Otero com finalização do venezuelano passou raspando a trave esquerda de Fábio.
Aos 11, o técnico Rodrigo Santana quis ampliar ainda mais a intensidade de sua equipe, chamado Luan para o lugar de Elias. Mano Menezes respondeu de imediato, tirando Fred para a entrada de David, jogador de velocidade para tentar aproveitar uma presumível maior exposição da defesa adversária nos contra-ataques. Mas foi o Atlético que quase marcou aos 14, com Fábio Santos perdendo uma chance clara dentro da pequena área.
O jogo continuava em ritmo alucinante e, aos 18, na jogada mais polêmica do jogo, Pedro Rocha marcou para o Cruzeiro concluindo um belo contra-ataque. O lance foi para revisão do VAR após reclamação dos atleticanos de uma falta em Fábio Santos nas proximidades da área cruzeirense. O árbitro Flávio Rodrigues de Souza foi ao vídeo e acabou decidindo anular o gol, apontando falta na origem da jogada.
Antes, em meio a um princípio de confusão entre os jogadores, David e Alerrandro foram expulsos, deixando cada equipe com dez jogadores. Logo na sequência, Rodrigo Santana, que já trocara Geuvânio por Otero, sacou seu único volante, Jair, para a entrada do centroavante veterano Ricardo Oliveira. E o que era aplicação de parte a parte virou apenas força de vontade.
Pouco depois, aos 25, Geuvânio mandou uma bola no travessão. Depois deste lance, o time dono da casa, sem organização alguma, tentava furar a defesa do Cruzeiro, que, encastelado atrás da própria intermediária, apenas aguardava o fim do jogo para comemorar sua classificação.
A vaga nas semifinais viria, mas não sem um grande susto antes. O lateral Patric acertou um belo chute da entrada da área e ampliou, aos 47 minutos, oferecendo ainda uma última esperança aos torcedores atleticanos no Independência. O placar, porém, não mudou mais e o time que tem seis títulos no torneio chegou a mais uma semifinal em sua vencedora história na Copa do Brasil.
FICHA TÉCNICA:
ATLÉTICO-MG 2 X 0 CRUZEIRO
ATLÉTICO-MG - Victor; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Jair (Ricardo Oliveira); Elias (Luan), Cazares, Chará e Otero (Geuvânio); Alerrandro. Técnico: Rodrigo Santana.
CRUZEIRO - Fábio; Orejuela, Dedé, Léo e Egídio; Henrique, Lucas Romero, Robinho (Jadson) e Marquinhos Gabriel; Fred (David) e Pedro Rocha (Dodô). Técnico: Mano Menezes.
CARTÕES AMARELOS - Jair, Cazares, Ricardo Oliveira e Luan (Atlético-MG); Egídio, Robinho, Pedro Rocha e Fábio(Cruzeiro).
CARTÕES VERMELHOS - Alerrandro (Atlético-MG); David (Cruzeiro).
GOLS - Cazares, aos 34 do primeiro tempo e Patric, aos 47 da etapa final.
ÁRBITRO - Flavio Rodrigues de Souza (SP).
RENDA - R$ 1.352.396,00.
PÚBLICO - 22.145 torcedores.
LOCAL - Independência, em Belo Horizonte (MG).
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