A CBF enviou uma representação à Fifa em protesto aos atos racistas direcionados ao zagueiro Robert Renan, da Seleção Sub-20.

Destaques:

- Os atos racistas ocorreram após a vitória por 4 a 1 do Brasil sobre a Tunísia, no Mundial Sub-20, e nas redes sociais

- A CBF enviou um protesto e cobrou providências da Fifa sobre o caso e disse que está com os perfis que atacaram Robert Renan

O contexto:

A CBF enviou uma representação à Fifa protestando contra atos racistas ocorridos direcionados ao zagueiro Robert Renan, que está com a Seleção Brasileira Sub-20. Em nota divulgada na noite desta quarta-feira (31), a entidade cobrou providências com relação ao episódio de injúria racial sofrido pelo defensor.

O crime aconteceu na vitória por 4 a 1 do Brasil sobre a Tunísia, durante a disputa da Copa do Mundo Sub-20. Ao deixar o gramado do Estádio Ciudad de La Plata, Robert Renan foi alvo de ofensas da torcida local e respondeu esportivamente. Porém, o zagueiro que defende o Zenit foi vítima de ofensas racistas em suas redes sociais.

De acordo com a entidade máxima do futebol nacional, "os perfis já estão protocolados pela CBF e serão enviados à justiça local e Fifa com o pedido de punição".

No fim de semana passada, a CBF lançou uma campanha de combate ao racismo, com a frase “com racismo não tem jogo”. O movimento teve adesão de todos os atletas e também da arbitragem.

A CBF é a primeira entidade esportiva do futebol a adotar o Regulamento Geral de Competições (RGC), que possibilita punir esportivamente um clube em caso de atos racistas.

A novidade foi incluída no RGC de 2023, em fevereiro. A CBF também vem fazendo uma série de campanhas de combate ao racismo no futebol. Em março, Ednaldo Rodrigues foi nomeado para o Conselho da Fifa, que é formado por 37 integrantes e é o responsável pelas decisões estratégicas da entidade para o futebol mundial.