Crise estimula empreendedorismo; AL registra a criação de 1.692 empresas em julho
Desemprego e remuneração insatisfatória promovem empreendedorismo; jovens são os mais afetados

A crise econômica e política do país afetou toda a população brasileira, principalmente aqueles profissionais que possuíam remunerações mais altas. As taxas de desemprego no Brasil não param de crescer. Alagoas se destaca– negativamente – no ranking nacional dos estados que registraram maior desocupação nos últimos três meses. E os números impressionam.
A última pesquisa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostrou que o estado fechou o segundo trimestre de 2016 com a quarta maior taxa de desocupação do país, 13,9%. No quadro geral, a região Nordeste apresentou os maiores índices de desemprego, tendo registrado uma taxa de 13,2%. A região Sul, por sua vez, teve a menor, 8%. Diante desse cenário considerado desanimador, as pessoas optam, cada vez mais, pelo empreendedorismo.
Os ramos são diversos: desde confecção, viagens e até gastronomia – setor que têm se mostrado rentável apesar da instabilidade. Dados da Junta Comercial (Juceal) revelam que Alagoas registrou a constituição de 1.692 empresas no mês de julho. O número é superior aos 1.572 negócios abertos em junho deste ano, porém é rigorosamente similar à média de 1.691 empreendimentos criados por mês em 2016.
Do total, 75,4% empresas são Microempreendedores Individuais (MEI) – tipo empresarial com arrecadação anual de até R$ 60 mil. Para os outros portes empresariais, foram verificadas as constituições de 297 microempresas (ME), 75 empresas de pequeno porte (EPP) e 44 grandes negócios considerados sem porte.
Observando os municípios alagoanos, Maceió apresenta 47,8% das constituições totais. A lista segue com Arapiraca (165 empresas), Rio Largo (62), Santana do Ipanema (37) e Palmeira dos Índios (35). Em relação a menores polos empresariais, três cidades apresentaram, em julho, o melhor quantitativo registrado no ano: Branquinha (8), Capela (17) e Santana do Mundaú (6).
Estudante de Fisioterapia empreende
A estudante de Fisioterapia Rafaela Maria da Silva, 20, viu na crise uma oportunidade de empreender e divulgar os seus produtos pelas redes sociais. Atualmente, ela atua em dois ramos distintos: gastronomia e beleza. Na primeira empresa, ela comercializa trufas, doces e chocolates diversos. Já no segundo ramo, ela trabalha com bijuterias. Todo o trabalho é viabilizado e divulgado pelo whatsapp, facebook e instagram.
A jovem começou a vender porque estava desempregada e precisava ganhar dinheiro. “É fácil de fazer e é barato, então decidi ganhar um dinheirinho para não depender somente da minha mãe. Para mim, seria apenas uma fase, antes de entrar em uma faculdade e trabalhar”, conta.
A estudante ressalta que os planos futuros são os melhores possíveis e que pretende crescer na carreira acadêmica e também como empresária. “Eu estou feliz com todas as minhas conquistas. Quero crescer profissionalmente, mas, quem sabe, também pretendo tocar o meu negócio. Nada está descartando e todas as possibilidades são bem-vindas”, concluiu.
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