Sefaz apresenta minuta para regulamentar as feiras itinerantes
Empresários e representantes da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) participaram hoje da 78ª Reunião do Fórum Permanente “A Sefaz e a sociedade”, realizada no Senac Poço. A pauta foi sobre as feiras itinerantes, uma reinvindicação da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), que desde o início do ano vem se reunindo com a Sefaz com o intuito de regulamentar as feiras.
A Federação aponta que a falta de regulamentação prejudica empresários e também o Estado, que não arrecada. O secretário de Fazenda e presidente do Fórum, George Santoro, apresentou uma minuta da instrução normativa que foi discutida junto aos empresários.
Caso o documento seja aprovado, a Instrução Normativa da Sefaz nº 28, de 28 de setembro e 2012, que disciplina os procedimentos de contribuinte estabelecido neste Estado ou em outra unidade da federação em feiras e exposições para comercialização de mercadorias no território alagoano relativamente ao pagamento do ICMS, será acrescida de alguns dispositivos.
A comercialização de mercadorias realizada em feira e exposições de que trata a instrução normativa será condicionada à apresentação, pela parte promotora do evento, de requerimento formal dirigido ao secretário da Sefaz até 60 dias antes da realização do evento acompanhado de vários documentos.
Referente à pessoa jurídica ou natural promotora do evento, será obrigatória a certidão negativa de débitos expedida pelo Estado de Alagoas, além do documento comprobatório de reserva de espaço para realização da feira em questão no período pretendido.
Em sendo aprovada, a Instrução vai exigir ainda a relação das pessoas jurídicas que participarão da feira como comerciante; cópia autenticada do CNPJ; cópia autenticada do CPF das pessoas físicas responsáveis pela empresa promotora do evento; comprovante de autorização para realização de eventos expedidos pela Polícia Militar ou contrato com empresa de segurança privada. E, também, o comprovante de plano de destinação de resíduos aprovado pelo órgão municipal competente, acompanhado de documento comprobatório de sua viabilidade e realização.
Referente ao local de realização do evento será necessário atestado fornecido por um engenheiro civil, de quais as instalações físicas, elétricas e hidrossanitárias do local de realização da feira atendem às normas técnicas da ABNT; Alvará de Prevenção e Proteção contra Incêndios expedido pelo Corpo de Bombeiros Militar para o prédio onde será realizada a feira e projeto de prevenção especial para o evento, devidamente aprovado.
Alvará sanitário, croqui do local com a denominação da localização e disposição dos estandes com a reserva de espaço gratuito ao Programa de Defesa do Consumidor (Procon) e a Sefaz também serão exigidos, caso se mantenham as exigência na forma de Instrução Normativa.
RETROSPECTIVA
O secretário de Fazenda e do Fórum, George Santoro, fez uma retrospectiva sobre o assunto. Ele lembrou que foi discutido fazer um decreto. Como referência foram analisados decretos de outros estados a exemplo de Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, o que usou como regulamentação. “Cada estado usou uma sistemática diferente. Ficamos preocupados em não demorar na regulamentação”, explicou Santoro.
Segundo o secretário, a sistemática foi resolvida sem ferir a legalidade e que possa atuar o papel do fisco, que é cobrar o tributo. “Estamos esperando uma série de questões para que o organizador do evento apresente ao fisco. Emitir os documentos fiscais vai precisar apresentar uma série de documentos. Nada fora do que já é exigido pelo país afora. Copilamos os modelos”, afirmou Santoro.
De acordo com o secretário, seria uma instrução normativa apenas da Fazenda. “Se não tiver a apresentação, a fiscalização pode autuar impedindo a realização feira. Todo fisco do país tem no nível maior ou menos de exigências. Não estaríamos exigindo nada que outras já não exijam”, observou. E completou: “Se não tiver dentro da normalidade, chamaremos a polícia para fechar”, assegurou Santoro.
O presidente da Fecomércio, Wilton Malta, ressaltou a inciativa da Sefaz. “Buscamos o apoio da Sefaz para a regulamentação do assunto e a pasta sempre demonstrou interesse em conciliar o pleito do segmento com sua atuação fiscalizatória. Se estas feiras já causavam prejuízos ao comércio e à arrecadação do Estado em tempos de economia crescente, imagine no atual momento, quando ainda enfrentamos uma crise. Precisamos de iniciativas que promovam a concorrência leal e estimule nosso comércio; essa é uma delas”, disse.
Sobre a proposta de modificação, as assessorias da presidência e técnica da Fecomércio se manifestaram afirmando que farão as sugestões pertinentes até a próxima sexta-feira (23).
Participaram da reunião representantes do Sebrae, Associação Comercial, CDL, Federação da Indústria, Acadeal, Receita Federal, ASA, Sindilojas União, Sincadeal e Sirecom, os três últimos são sindicatos filiados à Fecomércio.
Últimas notícias
Secretaria do Trabalho divulga 3.643 vagas de emprego esta semana no Sine Alagoas
Em várias capitais, manifestantes vão às ruas contra PL da Dosimetria
Arapiraquense tem órgãos doados após morte por AVC e salva cinco vidas
Imagens mostram chegada de Policial Militar que matou enfermeiro em motel de Arapiraca
Zambelli renuncia mandato e Hugo Motta convoca suplente
Furto de cabos elétricos afeta abastecimento de água em Palmeira dos Índios e Quebrangulo
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
