Empresas de ensino acionam TCU pedindo crédito via MP para o Fies
As companhias de ensino superior privado acionaram o Tribunal de Contas da União (TCU) pedindo que uma liberação de crédito suplementar para o Fies possa ser feita via medida provisória.
Essa hipótese vinha sendo discutida no Ministério da Educação após reuniões com representantes de empresas, as quais estão há três meses sem receber pelas mensalidades de alunos do Fies.
Em ofício enviado ao TCU, o Fórum das Entidades Representativas do Ensino Superior Particular considera que há urgência na liberação de cerca de R$ 700 milhões necessários para destravar o programa de financiamento estudantil.
A ideia é tentar obter previamente uma autorização do TCU para conceder o crédito suplementar por meio de medida provisória. Com isso, o entendimento é de que o governo evitaria o risco de que a medida viesse a ser questionada no futuro.
O setor considera que há necessidade de uma medida provisória porque um projeto de lei com o mesmo teor já teve sua votação adiada no Congresso por falta de quórum.
Há a expectativa de que uma nova votação seja agendada para o dia 4 de outubro, mas o temor é de que a ausência de parlamentares em razão das eleições municipais volte a impedir a aprovação da pauta.
O crédito extra visa atender despesas com os serviços de administração de contratos prestados pelos agentes financeiros do Fies, a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil. Trata-se de montante acumulado em atraso a ser pago aos bancos referente a taxa bancária de 2% sobre o valor dos contratos do Fies.
Por conta do impasse junto aos bancos, nenhum dos quase 2 milhões de contratos vigentes do Fies passou pelo processo de aditamento.
Essa é uma espécie de revalidação semestral dos contratos, que deveria ter sido concluída no início do segundo semestre. Com isso, as entidades afirmam que a sustentabilidade de empresas de educação está ameaçada.
O montante de pagamentos em atraso já alcança cerca de R$ 5 bilhões. Embora esses recursos já tivessem sido destinados ao Fies como parte do orçamento de R$ 18,8 bilhões do programa para 2016, a falta de pagamento das taxas bancárias está travando a destinação de recursos.
Além dos recursos para o Fies, o projeto de crédito suplementar parado no Congresso contempla ainda R$ 400 milhões a serem destinados para a realização de exames para a avaliação da educação básica pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O órgão é o responsável pela realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).
Últimas notícias
Sesau garante aos pais de crianças atípicas a continuação do Serviço de Equoterapia
São Sebastião realiza 1º Fórum do Selo Unicef e reforça políticas para a juventude
Por unanimidade, STF mantém decisão sobre perda do mandato de Zambelli
Formação original do Barão Vermelho se reúne para a turnê em 2026
Hapvida é condenado a pagar indenização após negar cirurgia à paciente com risco de morte
Celular Seguro passa a bloquear também aparelhos sem o app instalado
Vídeos e noticias mais lidas
“Mungunzá do Pinto” abre os eventos do terceiro fim de semana de prévias do Bloco Pinto da Madrugada
Família de Nádia Tamyres contesta versão da médica e diz que crime foi premeditado
Prefeito de Major Izidoro é acusado de entrar em fazenda e matar gado de primo do governador
Promotorias querem revogação da nomeação de cunhada do prefeito de União
