Jornalistas são impedidos de cobrir evento com Temer no Centro de Convenções, em Maceió
Credenciamento gerou insatisfação e exigiu até informações pessoais dos comunicadores

A chegada do presidente Michel Temer a Maceió gerou insatisfação por parte dos jornalistas e outros profissionais da área da Comunicação em Alagoas. É que o processo de credenciamento – que autoriza um profissional a cobrir e determinado evento – para acompanhar a visita do político ao Centro de Convenções, em Jaraguá, na manhã desta terça-feira (27), foi considerado “absurdo” pela categoria.
Para ter acesso à solenidade, foram exigidas as seguintes informações: carteira de identidade, CPF, registro profissional (DRT ou MTB), contrato de trabalho, termo de responsabilidade, ofício timbrado do veículo de comunicação assinado pela chefia da empresa e foto 3X4 com fundo branco, em JPEG ou PNG.
O credenciamento poderia ser realizado até às 19h de ontem (26). Muitos comunicadores tiveram o pedido negado. Um deles foi Carlos Madeiro, que trabalha como repórter do portal de notícias UOL. O profissional postou um desabafo nas redes sociais e a publicação já tem quase 500 reações.
“Sou jornalista profissional há 15 anos. Tenho oito anos quase de UOL. Por lá cobri Copa do Mundo, incontaveis visitas de Lula e Dilma; cobri sessões no Senado e na Câmara. Hoje, pela primeira vez na vida, tive um credenciamento barrado. Motivo: não apresentação de um contrato de trabalho com o UOL. Jornalista é jornalista, sempre! E pode ser contratado para vida toda ou para um serviço só. Pode ter contrato no papel, pode não ter. O que não pode é tirar a dignidade do trabalho, como se um papel ausente pudesse cassar meu direito de exercer a profissão que faço com tanto amor e dedicação. Isso é o que há de mais violento contra a liberdade de expressão. Lamento ainda mais por aqueles que iriam ganhar só por esse serviço, e que agora perderão a chance. Por aqueles que fazem jornalismo independente, e não têm contrato a não ser consigo mesmo”, expôs.
Imediatamente após o post ir ao ar, jornalistas e internautas comentaram a respeito do ocorrido e lamentaram a censura. “Lamentável a exigência de vínculo com empresa. Jornalista é profissional liberal! E o direito à informação não pode ter barreiras”, escreveu uma pessoa. “A equipe tá com medo das vaias. Do lado de fora, todo mundo dá e se ouve do lado de dentro. Lamentável tudo isso”, seguiu outra.
SINDJORNAL SE POSICIONA
O presidente do Sindicato dos Jornalistas de Alagoas, Flávio Peixoto, afirmou, em nota à imprensa, que repudia esse tipo de conduta. “O tratamento dado aos jornalistas mostra o caráter ilegítimo do gestor. Os critérios de credenciamento para cobertura de hoje são absurdos!”, resumiu ele.
PALÁCIO DO PLANALTO AFIRMA SEGUIR NORMAS INTERNAS
O portal 7 Segundos não conseguiu entrar em contato com a assessoria de comunicação do Palácio do Planalto. Entretanto, por meio do site oficial, é possível ter acesso a três tipos diferentes de credenciamentos: “Todas as capitais, exceto Brasília”, “Cobertura de eventos e viagens” e “Cobertura diária”.
“O credenciamento para os profissionais que realizam a cobertura esporádicas em eventos e viagens da Presidência da República é destinado aos jornalistas brasileiros, estrangeiros e profissionais da área técnica que não possuam credenciamento fixo. Os procedimentos seguem as determinações da Portaria nº 56/07 e da Norma X-409”, conforme explica o website.
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