Consumo das famílias maceioenses apresenta aumento de 3,91% em janeiro

Pesquisa de Intenção de Consumo das Famílias (ICF) de Maceió, desenvolvida pelo Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento do Estado de Alagoas (Instituto Fecomércio AL), em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra um aumento de 3,91% na confiança dos consumidores, em janeiro.
Apesar da elevação, o resultado é 9,28% inferior ao registrado no mesmo período de 2016. Na análise do assessor econômico da Fecomércio, Felippe Rocha, o resultado reflete as incertezas econômicas e políticas dos últimos dois anos. “O ano de 2015 trouxe a realidade de aumentos de preços, chegando a quase 11%, devido à permissão de readequação dos preços administrados pelo governo, enquanto em 2016 tivemos rupturas traumáticas para a política brasileira, com o desencadeamento de investigação por corrupção e desvio de verbas públicas. O novo governo trouxe melhores expectativas, mesmo que não tenham ocorrido mudanças nas variáveis macroeconômicas em nenhum aspecto”, fala.
Felippe salienta que a retomada da seriedade na condução da política monetária, fiscal e cambial é positiva, uma vez que conduz a um aumento de preços mais lentos e menores, ainda que os consumidores não sintam isso na prática. Entre os efeitos de curto prazo das medidas adotadas pelo Banco Central do Brasil (Bacen) está a construção de bases para uma redução mais acelerada das taxas de juros, a SELIC.
“A expectativa é de gerar a redução do pagamento de juros dos Títulos de Dívida Pública do Governo Federal para pessoa física e jurídica, estrangeiro ou doméstico, retirando o peso do custo mensal da dívida pública e orientando o governo para superávits maiores, o que impactará positivamente para a criação de poupança do governo, que poderá servir de estímulo no mercado nacional ou para pagamento da própria dívida”, explica.
Indicadores
Para o economista, mesmo com o baixo nível de confiança em relação a janeiro do ano anterior, o maceioense é otimista por natureza. Exatamente por isso, o levantamento do Instituto Fecomércio AL aponta que, nas comparações mensais, houve aumento em quase todas as variáveis, excetuando-se apenas a de compra à prazo, cujo desempenho foi negativo em 1,6%.
O indicador sobre confiança da manutenção do emprego atual subiu 0,3%. Já as perspectivas de melhora profissional para os próximos seis meses obteve um aumento de 7%. As famílias com renda menor são as mais otimistas nessa perspectiva, registrando uma elevação de 7,7%, enquanto as famílias de renda maior esboçaram um aumento de 0,1% na melhora profissional.
“Há uma certa confiança de que, passada toda a turbulência de dois anos consecutivos de crise, com achatamento dos salários reais e demissões, volte a ocorrer melhoria na renda familiar e pessoal, principalmente daqueles que recebem até 10 salários, em 1,2% superior ao mês anterior”, ressalta Felippe.
Ainda de acordo com a pesquisa, os indicares relativos às compras a prazo tiveram redução (- 1,6%), demonstrando que o acesso ao crédito está mais restrito. “Principalmente para os mais pobres, pois estão mais endividados, resultando em escores menores de avaliação de crédito em instituições financeiras”, avalia.
Já o nível de consumo atual, que mensura se o consumidor está comprando mais que no mesmo mês do ano anterior, apontou uma elevação de 7%. Dentre os entrevistados, comparado com dezembro passado, 14,2% esperam comprar mais. Além disso, com as liquidações de janeiro houve um aumento de 2,8% na intenção de adquirir bens duráveis; sinal positivo para as empresas de eletrodomésticos e eletrônicos.
“O otimismo do maceioense e do brasileiro só se manterá ao longo do ano se suas expectativas quanto às políticas econômicas de incentivo ao investimento privado se concretizarem. Caso haja qualquer motivo ao longo do ano que indique que o modelo de governo não dará certo, o otimismo e as expectativas serão apenas um pequeno surto, sem efeito”, pondera.
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