Políciais Civis reivindicam melhorias em estrutura de trabalho
Na reunião foi apresentado ao Deputado Rodrigo Cunha o sucateamento da Polícia Judiciária, desde as más estruturas de trabalho, como também o déficit de pessoal
A Associação dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Alagoas (ASPOL/AL), se reuniu com o Deputado Estadual Rodrigo Cunha, para tratar de assuntos da categoria na última quarta-feira (22), para falar sobre o desmonte que vêm ocorrendo na Polícia Judiciária de Alagoas e do Brasil.
Na reunião foi apresentado ao Deputado Rodrigo Cunha o sucateamento da Polícia Judiciária, desde as más estruturas de trabalho, como também o déficit de pessoal e a usurpação de funções praticadas pela Polícia Militar, que vêm exercendo ilegalmente as funções que são próprias da Polícia Judiciária.
No diálogo foi sugerido pela ASPOL/AL, a possibilidade de uma Audiência Pública para discutir em plenária os problemas enfrentados pela categoria.O Deputado Rodrigo Cunha analisou as propostas e percebeu que a atual situação vivenciada pela Instituição Polícia Civil é preocupante, motivo pelo qual convidou a Associação, para participar de Audiência Pública, que contará com famílias vítimas da criminalidade no Estado de Alagoas.
Ainda foi informado que equipes irão realizar estudos para saber quais e quantos foram os investimentos dados pela Polícia Militar e à Polícia Civil, a fim de analisar de forma técnica e imparcial se o Poder Executivo Estadual vem investindo, de forma igualitária, a Polícia Militar e a Polícia Civil .
Na oportunidade a Confederação Brasileira dos Policiais Civis - COBRAPOL apresentou relatório demonstrando que em 14 Estados, incluindo Alagoas, possui um déficit de mais de 54.000 policiais civis.
O Fórum Brasileiro de Segurança Pública e demais órgãos que trabalham dia a dia estudando os fenômenos da violência divulgaram que apenas 8% dos crimes de homicídio são solucionados, tendo como justificativa única e preocupante a de que a polícia judiciária vem sendo extinta.
Dados da reunião
Os Governos de Estado estão reduzindo o orçamento e, consequentemente, não investem em concurso público, a fim de dar suporte às investigações policiais e oferecer a sociedade um serviço público de qualidade.
Segundo informações repassadas na reunião, os investimentos à Polícia Militar superam o da Polícia Judiciária, prova disso é a contratação de mais de 1.000 policiais militares a cada 3 anos, sob o prisma de que é o bastante para dar resposta à criminalidade.
Ao final da reunião foi decidido que mais ações podem ser feitas para modificar o cenário atual. Para isso será trabalhado a convocação dos candidatos remanescente aprovados no último Concurso Público, informando que há na espera mais de 40 delegados de polícia civil e mais de 90 agentes de polícia civil como também a necessidade da realização de um novo Concurso Público ofertando um número significativo de vagas.