Economia

Bolsa Família terá reajuste acima da inflação

O pacote inclui a permanência de agentes do Sebrae nas cidades ou microrregiões do País para assessorar os participantes do programa a buscarem pequenos negócios

Por Agência Brasil 13/05/2017 11h11
Bolsa Família terá reajuste acima da inflação
Bolsa Família é destinado a todas as famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, com renda per capita de até R$ 85,00 - Foto: Ilustração

O presidente Michel Temer deu anunciou nesta sexta-feira, 12, o reajuste do Bolsa Família acima da inflação acumulada até junho, a partir de 1.º de julho. O governo vai aproveitar o anúncio para lançar um pacote de medidas de estímulo à inclusão dos beneficiários do programa no mercado de trabalho.

Quem estiver no Bolsa Família e conseguir emprego com carteira assinada vai poder continuar recebendo o benefício por mais dois anos, desde que a remuneração não ultrapasse três salários mínimos. Se perder o emprego nesse período, poderá automaticamente retornar ao programa. O número de inscrição continuará válido.

O Bolsa Família, assim como o auxílio-doença, está passando por um pente-fino para identificar se os beneficiários têm realmente direito à ajuda do governo. Isso contribuiu para zerar a fila das pessoas que aguardam para ingressar no programa.

Os prefeitos que facilitarem a inclusão produtiva dos beneficiários serão premiados.

O pacote de medidas, que está sendo costurado desde o ano passado, será anunciado em junho. “Vai ter reajuste em julho acima da inflação. É uma decisão. Tem que ver quanto vai ser a inflação em 12 meses para a gente poder fixar o valor”, disse o ministro do Desenvolvimento Social e Agrário, Osmar Terra.

 No ano passado, o programa teve reajuste de 12,5% depois de dois anos sem aumento.

O ministro informou que o orçamento de R$ 30 bilhões do programa já prevê o dinheiro para bancar o reajuste, que não foi afetado pelo corte de despesas. “Com o pente-fino, focalizamos em quem precisava realmente. Zeramos a fila. Nunca tínhamos zerado a fila.” De maio a abril, os benefícios de 2,88 milhões de famílias foram cancelados e outras 2,17 milhões de famílias ingressaram no programa. A média do benefício pago é de R$ 182 por família.