Turismo

Onda de calor movimenta economia na capital e no interior

Regiões litorâneas são as mais procuradas pelos turistas

Por 7Segundos 25/11/2017 17h05
Onda de calor movimenta economia na capital e no interior
Onda de calor movimenta economia na capital e no interior - Foto: Semptur

O verão chegou e promete movimentar a economia alagoana. Depois de um período intenso de chuvas em todo o Estado, as temperaturas subiram e prometem agitar as cidades turísticas, gerando emprego e renda na alta temporada. Consagrada como ‘a capital do Réveillon’, Maceió ainda é o destino mais procurado, embora cidades litorâneas com Marechal Deodoro, São Miguel dos Milagres e Maragogi já despontem no ranking.

Clima
O 7Segundos entrou em contato com o meteorologista Vinícius Pinho, da Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Alagoas (Semarh) que explicou a sensação de calor que se abateu entre os alagoanos depois do longo período chuvoso.

Pinho explicou que as temperaturas na capital e no interior estão dentro da normalidade e que já no mês de novembro as temperaturas costumam subir todos os anos em todo o território brasileiro. Para o meteorologista, o diferencial de 2017 é que o aquecimento começou antes porque as chuvas se estenderam e a sensação de que as temperaturas estão mais elevadas tem ligação direta com umidade relativa do ar, que diminuiu.

A média das cidades litorâneas será de 27° C e a máxima durante o verão deve chegar a 33°. No interior essa alta pode ficar muito perto dos 40°, algumas cidades do Sertão podem apresentar máxima de 37° C.

Mesmo depois do grande volume pluvial, a perspectiva é de os meses de janeiro e dezembro ainda tenham pancadas de chuvas que devem amenizar um pouco o calor, mas o período chuvoso mesmo, só deve acontecer a partir do mês de abril de 2018.

Pinho explicou ainda que os ventos fracos registrados nos últimos levantamentos da Semarh podem ajudar na sensação térmica, dando a nativos e turistas a impressão de que o calor é ainda maior.

Embora os ventos não estejam tão fortes, sua pouca intensidade não deve atrapalhar surfistas. A altura das ondas não deve sofrer tanta influência e para aqueles que gostam de mar agitado a diversão estará garantida durante todo o verão.

Hotéis
Nem mesmo a crise que assola o país deve impactar na ocupação dos hotéis de Alagoas, sobretudo nas cidades litorâneas, ainda os destinos mais procurados. A Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Alagoas (ABIH/AL) não fez até o momento um levantamento para toda a alta temporada, mas o período natalino e o Réveillon são um termômetro para os empresários do ramo hoteleiro.

A tradição de ocupação de quase 100% dos leitos deve se manter, tanto que nos próximos seis meses o setor prevê a inauguração de sete novos hotéis em Alagoas que devem gerar 2.200 novo leitos. A própria ABIH notou que mesmo com a crise, o feriado da Consciência Negra registrou uma queda mínima de apenas 1% em comparação ao ano passado. Para a Associação, as ações dos governos Municipal e Estadual divulgando as cidades alagoanas em feiras turísticas, atreladas ao bom desempenho das cidades na mídia nacional e internacional impulsionaram as visitas ao Estado e mantiveram o patamar de anos anteriores.

Os argentinos ainda são os turistas de fora do país que mais procuram Alagoas. Entre os brasileiros, os paulistas ainda são os mais assíduos.

O mesmo acontece com bares e restaurantes, a rica e diversificada culinária também deve atrair clientes. Já os lojistas aguardam uma alta na venda com promoções como Black Friday e o período natalino que, em vendas, costuma perder apenas para o Dia da Mães.

O fluxo de turistas e nativos é uma preocupação anual do Procon que costuma intensificar as fiscalizações nesse período do ano, sobretudo em lugares de grande circulação, como shoppings, supermercados, lojas, restaurantes e até entre barracas e ambulantes nas orlas da capital e do interior.

Nessa época do ano barraqueiros costumam restringir o acesso ao consumo e tentam impedir que clientes comprem outros produtos alimentícios à ambulantes. A prática deve ser inibida pelo Procon. O mesmo ocorre com ambulantes que costumam cobrar preços exorbitantes no aluguel de cadeiras e guarda-sol e nos produtos comercializados.