Justiça interdita unidade de internação em Rio Largo
Segundo o Ministério Público, unidade transformou-se em um “depósito de adolescentes em conflitos com a lei”

A Unidade de Internação Provisória Masculina, localizada na cidade de Rio Largo, estaria funcionando sem a estrutura necessária. Por esse motivo, a justiça determinou a interdição do local. A decisão foi tomada pela juíza Marclí Guimarães Aguiar, da 1ª Vara do município e foi publicada no Diário da Justiça Eletrônico (DJE), na segunda-feira (5).
Segundo o Ministério Público, a unidade de internação, instalada em fevereiro de 2013 no município, transformou-se em um “depósito de adolescentes em conflitos com a lei”, chegando a abrigar 59 adolescentes. Nas inspeções realizadas pelo órgão e pelo Conselho Tutelar, foi observada a falta de estrutura da unidade para continuar funcionando e prestando o serviço.
Na decisão, a magistrada determinou que os adolescentes sejam removidos para estabelecimentos adequados em, no máximo, 24 horas, e que não sejam encaminhados jovens à unidade até a conclusão de obras de reforma, a criação de estruturas de atendimento adequadas e contratação de pessoal qualificado e suficiente. O prazo começa a contar a partir do dia em que o Estado for citado.
A unidade não deve voltar a funcionar sem que tenha passado por vistorias da vigilância sanitária, do Corpo de Bombeiros e sem a estrutura e equipamentos necessários para o seu funcionamento regular. Essas medidas deverão ser avaliadas por meio de visita prévia de inspeção realizada pela Vara e outros órgãos de defesa dos direitos da criança e do adolescente e Conselho Tutelar de Rio Largo, sob pena de multa diária de R$ 10 mil, em caso de descumprimento de qualquer determinação.
Para a juíza Marclí Guimarães, é necessária a existência de políticas públicas voltadas para a prevenção da prática de atos infracionais e não simplesmente inserir os adolescentes infratores em locais inadequados.
“O mero caráter retributivo de aplicação de medida socioeducativa de internação não é suficiente para ressocializar o adolescente infrator, razão pela qual entendo que o melhor caminho é interditá-la, uma vez que não há espaço físico para todos os socioeducandos, nem profissionais suficientes para o controle dessa população que cresce a cada dia, menos ainda condições físicas adequadas”, frisou Marclí Guimarães.
Outras irregularidades
Outras irregularidades seriam a situação dos dormitórios dos adolescentes, falta de roupas de cama adequadas, banheiros em estado de precariedade, vazamentos de água, problemas de encanação e escassez de atividades pedagógicas e culturais. Além disso, não haveria funcionários suficientes para realizar as atividades de conservação e limpeza do local. O Governo teria garantido que obras seriam feitas para a melhoria do local, mas isso não aconteceu.
Veja também
Últimas notícias

Motociclista morre após colisão com carro na BR-316, na região do Polo Industrial

Jovem morre após colidir motocicleta contra poste em rodovia de Feira Grande

Morre Preta Gil, aos 50 anos, durante tratamento de câncer nos EUA

Torcedor cai no fosso do Estádio Rei Pelé

AGU quer apuração de movimentações financeiras antes do tarifaço

Idoso de 63 anos fica ferido após cair de moto em Jacaré dos Homens
Vídeos e noticias mais lidas

Alvo da PF por desvio de recursos da merenda, ex-primeira dama concede entrevista como ‘especialista’ em educação

12 mil professores devem receber rateio do Fundeb nesta sexta-feira

Filho de vereador é suspeito de executar jovem durante festa na zona rural de Batalha

Marido e mulher são executados durante caminhada, em Limoeiro de Anadia
