Gecoc do MPE agora é Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado
Mudança no nome foi aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça
Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Esse é o novo nome atribuído ao colegiado, formado por promotores de justiça do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL), que continua com as mesmas atribuições do antigo Gecoc – Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas. A modificação na nomenclatura aconteceu para que a unidade do MP alagoano siga a padronização já existente nos demais estados da Federação.
A mudança no nome do Grupo foi aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça do MPE/AL na última sexta-feira (6), por unanimidade. “Sabemos que o nome do Gecoc já está consolidado. As pessoas conhecem a sua importância e têm consciência do quanto ele trabalha no combate aos mais diferentes tipos de crimes, em especial, contra a corrupção. Porém, em todos os outros Ministérios Públicos esse grupo se chama Gaeco. Então, para padronizar, resolvemos fazer a alteração. Muda apenas o nome, o compromisso continuará sendo o mesmo”, garantiu Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, procurador-geral de justiça.
“Também é importante reforçar que o Gaeco continuará funcionando como órgão de execução e de apoio às demais promotorias de justiça de Alagoas, ajudando os promotores do interior na neutralização das organizações criminosas, na recomposição do patrimônio público eventualmente atingido e na aplicação das sanções previstas no Código Penal, que trata das penalidades correntes da prática de crimes”, destacou o chefe do MPE/AL.
O Gaeco continuará tendo a mesma formação. São integrante dele os promotores de justiça Antônio Luiz dos Santos Filho – também coordenador, Hamilton Carneiro Júnior, Luiz Tenório Oliveira de Almeida, Carlos Davi Lopes Correia Lima, Elísio da Silva Maia Júnior e Eloá de Carvalho Melo.
Operações
Somente em 2017, o Gaeco realizou 10 operações de combate à corrupção nas prefeituras de Santana do Ipanema, Pão de Açúcar, Maravilha, Poço das Trincheiras, Ouro Branco, Campo Grande, Mata Grande, Girau do Ponciano e Água Branca.
Durante as operações, foram cumpridos dezenas de mandados de prisão contra ex-prefeitos e mandados de busca e apreensão e de conduta coercitiva.
As atribuições
Criado pela resolução n º 3/16, o antigo Gecoc, agora Gaeco, tem, dentre outras coisas, atribuição para realizar investigações e fazer uso de serviços de inteligência; acompanhar inquéritos policiais; instaurar procedimentos administrativos de investigação na área de sua atribuição, decretando, quando justificado, e por despacho fundamentado, o sigilo respectivo; e expedir notificações para colher depoimentos, esclarecimentos e, em caso de ausência injustificada, requisitar a condução coercitiva por intermédio das polícias civil e militar, nos termos da respectiva Lei.
Também é missão do Gaeco receber representações de qualquer pessoa ou entidade, assim como noticia de fato criminoso através de serviço "disque denúncia", instituído por órgãos públicos; formar e manter banco de dados; requisitar diretamente de órgãos públicos serviços técnicos e informações necessárias à consecução de suas atividades; oferecer denúncia, acompanhando-a até seu recebimento, bem como, requerer o arquivamento de inquérito policial ou procedimento administrativo; promover medidas cautelares preparatórias necessárias à persecução penal; e realizar outras atividades necessárias à identificação de autoria e produção de provas.