Cultura

Cineasta alagoano Caca Diegues é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras

Por 7Segundos com Agência Brasil 30/08/2018 18h06
Cineasta alagoano Caca Diegues é o novo imortal da Academia Brasileira de Letras
Cineasta alagoano Cacá Diegues - Foto: Reprodução

O cineasta alagoano Carlos José Fontes Diegues, conhecido como Cacá Diegues, foi eleito hoje (30) para ocupar a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras, fundada por Machado de Assis, que pertencia ao também cineasta Nelson Pereira dos Santos, morto em abril deste ano. A votação foi feita hoje por escrutínio secreto.

Diegues venceu outros dez candidatos, entre eles, a escritora Conceição Evaristo e o diplomata Pedro Corrêa do Lago. Dos atuais 39 membros, apenas cinco são mulheres.

Os demais concorrentes foram Raul de Taunay, Remilson Soares Candeia, Francisco Regis Frota Araújo, Placidino Guerrieri Brigagão, Raquel Naveira, José Itamar Abreu Costa, José Carlos Gentili e Evangelina de Oliveira.

A cadeira 7 da ABL foi ocupada anteriormente por Valentim Magalhães (fundador), que escolheu o poeta baiano Castro Alves como patrono, seguindo-se Euclides da Cunha, Afrânio Peixoto, Afonso Pena Júnior, Hermes Lima, Pontes de Miranda, Dinah Silveira de Queiroz e Sergio Corrêa da Costa.

Fundador do Cinema Novo

Nascido em 19 de maio de 1940, em Maceió, Cacá Diegues é um dos fundadores do Cinema Novo. A maioria dos 18 filmes que realizou foi selecionada por grandes festivais internacionais, como Cannes, Veneza, Berlim, Nova York e Toronto, e exibida comercialmente na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina, o que o torna um dos realizadores brasileiros mais conhecidos no mundo.

Diegues exilou-se na Itália e depois na França, após a promulgação do AI-5, em 1969, durante o regime militar. Foi casado com a cantora Nara Leão, da qual se separou em 1977, 12 anos antes de ela falecer. Com Nara, teve dois filhos: Isabel e Francisco. Desde 1981, é casado com a produtora de cinema Renata Almeida Magalhães, com quem teve a filha Flora.