Cidades

Equipe da Semas monitora trabalho infantil em cemitérios

Por Ascom Semas 30/10/2018 15h03
Equipe da Semas monitora trabalho infantil em cemitérios
Abordagem Social visitou o Cemitério São Luís, na Santa Amélia - Foto: Ascom Semas

Um dos mitos do trabalho infantil é de que este tipo de atividade ajuda a família a sobreviver. Estudos mostram que 48% das crianças se adolescentes trabalhadores não recebem remuneração pelos serviços prestados. Quando recebem, os valores são insuficientes para alterar sua condição de vida e de sua família.

Com o objetivo de coibir essa prática quando antecede o Dia de Finados, mais um cemitério recebeu a visita da equipe do Serviço de Abordagem Social(Seas) da Secretaria Municipal de Assistência Social(Semas). Dessa vez, a ação educativa aconteceu na parte alta da cidade, no Cemitério São Luís, localizado no bairro da Santa Amélia.

Segunda a psicóloga do Seas do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (Creas) Santa Lúcia, Luciana Batista, o trabalho da equipe é educativo para coibir o trabalho infantil nos cemitérios. “Estamos orientando a população sobre o que é trabalho infantil e suas consequências, mostrando também a diferença entre o trabalho infantil e práticas educativas familiares. O trabalho infantil atrapalha o desenvolvimento cognitivo,  moral e social de crianças e adolescentes, afastando-os também da escola”, explicou.

De acordo com a coordenadora  de Enfrentamento ao Trabalho Infantil da Semas, Liranise Alves, o Decreto n°6481 de junho de 2008, diz que o trabalho nos cemitérios é considerado uma das piores práticas de trabalho infantil. O item 71 destaca que em cemitérios crianças e adolescentes estão expostas a esforços físicos intensos, calor, riscos biológicos (bactérias, fungos, ratos e outros animais, inclusive peçonhentos, riscos de acidentes e estresse psíquico.

Segundo a secretária municipal de Assistência Social, Celiany Rocha,  durante o Dia de Finados, o número de crianças e adolescentes colocados em situação de trabalho infantil – em alguns casos pelos próprios pais  ou responsáveis – aumenta consideravelmente. “Além das ações de conscientização, outra importante ferramenta de combate a esta prática continua sendo o Disque 100. A população pode colaborar denunciando casos de trabalho infantil ou de qualquer outra violação de direitos”, ressaltou a gestora.

Os casos de trabalho infantil identificados nos cemitérios serão encaminhados ao Conselho Tutelar de cada região para que essas crianças e adolescentes saiam dessa condição de exploração e tenham acesso às políticas públicas de assistência social, saúde e educação. Na última segunda-feira(29), foram visitados os cemitérios da Piedade e São José, no Prado e Jaraguá. Nesta quarta-feira (31), será a vez dos cemitérios de Ipioca e Riacho Doce.