BBB 19: Delegacia de Crimes Raciais abre inquérito para apurar racismo no reality
As acusações surgiram da internet onde telespectadores reclamaram das conversas dos participantes do programa
Algumas conversas de participantes do "Big Brother Brasil 19" foram acusadas de racismo e intolerância religiosa. No centro da polêmica aparecem Maycon e Paula liderando as reclamações em redes sociais. Procurada, a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio de Janeiro informou, em nota, que está apurando as declarações.
"De acordo com informações da Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) foi instaurado inquérito para apurar o ocorrido. As investigações estão sob sigilo", diz a nota.
Os atos de discriminação por raça e cor são considerados crimes no Brasil desde 1989. Além deles, há também a conduta de injúria racial, que é detectada em atos que ofendem a honra de alguém valendo-se de elementos referentes à raça, cor, etnia, religião ou origem.
O caso mais recente no reality foi de Maycon, que ao ver Gabriela e Rodrigo dançando uma música de Jorge Aragão, disse ter sentido um arrepio ao ouvir "músicas esquisitas". A mineira Paula, em conversa com Hariany, disse ter medo das religiões africanas: "Eu tenho muito medo do Rodrigo. Ele fala o tempo todo desse negócio de Oxum deles lá, que ele conhece. Eu tenho medo disso, mas nosso Deus é maior".
Em conversa com o EXTRA, a família de Paula a defendeu das acusações.
"As pessoas querem causar polêmica, ficar militando", reclama Mônica von Sperling, irmã da BBB.
A mãe da loura também saiu em defesa de Paula.
"Minha filha é a pessoa mais pura que conheço, não tem nada de racista, não. Estão interpretando de uma maneira equivocada o que ela fala. Minha mãe é negra", argumenta Adriana, que diz fazer um pedido celestial: "Peço ao divino espírito santo que guie as palavras da Paula, e que ela pare de causar polêmicas. São expressões que ela não deveria falar, mesmo sabendo que é tudo sem maldade".