Justiça

Defensoria Pública e MPE pedem a suspensão das atividades de mineração da Braskem

Para os defensores e promotores públicos, não é possível permanecer ao alvitre da empresa a decisão de operar

Por Assessoria 08/05/2019 16h04
Defensoria Pública e MPE pedem a suspensão das atividades de mineração da Braskem
Reunião entre representantes do MPE e da Defensoria Pública - Foto: Assessoria

A Defensoria  Pública do Estado e o Ministério Público do Estado de Alagoas oficiaram, nesta quarta-feira, 10, o Governador do Estado, Renan Filho, pedindo que o gestor estadual determine a suspensão da eficácia da Licença Ambiental de Operação, concedida pelo Instituto de Meio Ambiente Alagoano à empresa Braskem, referente aos poços 32,33,34 e 35 de extração da Sal-gema, ainda em funcionamento, e de outros que estejam em atividade na área lagunar, no Pinheiro, Mutange e Bebedouro. 

O documento solicita que a paralisação das atividades de mineração da empresa seja acompanhada, planejada e orientada pela Agência Nacional de Mineração (ANM), pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA) e CPRM – Serviços Geológicos do Brasil, a fim de garantir a segurança do procedimento.

Para os defensores e promotores públicos, não é possível permanecer ao alvitre da empresa a decisão de operar, ou não, ações de mineração em solo tão instável. “Especialmente devido às constatações do relatório em evidência, aos últimos acontecimentos geológicos e ao altíssimo índice demográfico no aludido bairro”, informaram.

“Inolvidável a importância econômica da empresa Braskem para Alagoas, contudo o maior patrimônio que o Estado dispõe é seu povo, o qual não pode ser tratado como mero detalhe neste cenário”, ressaltaram. 

O ofício foi assinado pelo defensor público-geral do Estado, Ricardo Antunes Melro; o procurador-geral do Estado, Alfredo Gaspar de Mendonça Neto, os promotores públicos José Antônio M. Marques, Max Martins de O. e Silva, Adriano Jorge Correia de Barros Lima, Jorge José Tavares Dória, Jomar de Amorim Moreais e os defensores públicos Carlos Eduardo de Paula Monteiro e Fernando Rebouças de Oliveira.