Rio Largo: índice de esclarecimento de homicídios chega aos 66,6%
Dos 18 homicídios ocorridos este ano, 12 foram esclarecidos

A Delegacia de Homicídios (DH) de Rio Largo apresentou no primeiro semestre deste ano um índice significativo de esclarecimentos de assassinatos, naquela cidade, situada na Região Metropolitana de Maceió. De acordo com levantamento feito pela própria delegacia, esse índice chegou aos 66,6%.
Além disso, segundo o delegado Lucimério Campos, titular da DH de Rio Largo, o número de homicídios também caiu este ano em relação a 2018. Nos seis primeiros meses de 2019, foram registrados 18 assassinatos no município, contra 46 no primeiro semestre do ano passado.
O levantamento mostra que dos 18 homicídios ocorridos este ano, 12 foram esclarecidos e tiveram os seus autores identificados, o que representa os 66,6% de elucidação dos crimes. Outros seis inquéritos estão em andamento.
O delegado destaca que, em fevereiro, nenhum assassinato foi registrado na cidade, fato que chamou a atenção. Foram três em janeiro, cinco em março, três em abril, cinco em maio e 2 em junho.
Ele ressalta ainda o número elevado de prisões de homicidas no primeiro semestre: 29, ao todo.
Lucimério Campos afirma que foi possível controlar a incidência de assassinatos em Rio Largo, cidade conhecida pelo elevado índice de violência, graças a esse trabalho de esclarecimento de crimes e prisões dos criminosos, o que, segundo ele, quebra a sensação de impunidade de quem pretende cometer homicídios.
O delegado-geral Paulo Cerqueira disse que os significativos índices de elucidação de crimes de homicídio tanto em Rio Largo, como em outras regiões do Estado, inclusive na Capital, estão alinhados à orientação do governo Renan Filho e do secretário de Segurança Lima, coronel Lima Júnior, que proporciona que, mês a mês, o número de assassinatos seja reduzido em todo o Estado. “O trabalho que estamos realizando faz com que os criminosos saibam que não ficarão impunes, em Alagoas”, completou.
Caso Milka
Entre os crimes esclarecidos em Rio Largo, um causou perplexidade e revolta entre os habitantes da cidade: a morte da jovem de 18 anos, Milka Siméria da Conceição, de 18 anos, que teve a cabeça decapitada e exposta em uma estaca. O fato aconteceu no dia 29 de janeiro deste ano, no conjunto José Carlos, no bairro Mata do Rolo.
Além de ter a cabeça arrancada e o corpo jogado em uma ribanceira, os criminosos também arrancaram o seu coração. O crime bárbaro foi cometido porque a vítima tinha envolvimento com drogas e estava devendo à “boca de fumo” de uma facção que atua na cidade.
Sete pessoas foram presas suspeitas do crime, entre elas, Klebson Gomes Barreto da Silva, o “Boca”, José Edvaldo Miguel Cavalcante, o “Neném”, e Samuel Lopes da Silva, conhecido como “Burrão”.
A DH de Rio também prendeu dois irmãos: Mayko Douglas Oliveira dos Santos, 19 anos, conhecido como “Dó”, e Carlos Eduardo Gomes dos Santos, conhecido por “Du”, de 18 anos, ambos envolvidos na morte de Bruno Vinícius da Silva, ocorrida no dia 3 de março de 2019, no Conjunto Hélio Vasconcelos, Rio Largo.
O trabalho de investigação desvendou que Dó e o irmão assassinaram a vítima em razão dela residir em Maceió, em região ligada à facção criminosa rival a dos irmãos.
Apesar de não possuir envolvimento com crimes, Bruno Vinícius teria ido participar dos festejos de carnaval em Rio Largo, onde havia morado anteriormente, entretanto os assassinos sabiam que ele era de região rival e resolveram assassiná-lo, além de furtar sua motocicleta e celular. As diligências policiais recuperaram os bens furtados, que foram restituídos aos familiares da vítima.
“Tramitam contra Du e Dó outros dois inquéritos policiais com provas robustas da participação deles nos homicídios de Jullyana da Silva, crime cometido no dia anterior ao de Bruno Vinícius, e Antônio Monteiro Leite, homicídio praticado em Rio Largo, no dia 6 de abril de 2019”, concluiu o delegado Lucimério Campos.
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