Anvisa aprova novo medicamento para tratamento da hepatite B em adultos
Estima-se que 257 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com infecção

A Anvisa acaba de publicar a aprovação de Vemlidy® (tenofovir alafenamida), da Gilead Sciences, para tratamento da hepatite B em adultos - há 10 anos não havia aprovação de um novo medicamento para esta doença. O Vemlidy® possui nova versão do tenofovir (chamada de TAF) que oferece maior estabilidade plasmática. Isso significa que há redução de até 89% da substância na corrente sanguínea do paciente, garantindo menos efeitos adversos durante tratamento.
"A aprovação do Vemlidy® pela Anvisa significa mais um grande passo no tratamento da hepatite B no Brasil. O fármaco tem a mesma eficácia do tenofovir antigo em capacidade de suprimir a quantidade de vírus. Porém, com a vantagem de ser absorvido pelo intestino sem ficar muito tempo no plasma (sangue) e sem que os rins precisem eliminá-lo, o que pode causar danos no órgão e perda de massa óssea ", explica Dr. Eric Bassetti, gastroenterologista e diretor médico associado da Gilead Sciences.
A eficácia e segurança do Vemlidy® foi testada em mais de 1.200 pacientes com hepatite B em dois ensaios clínicos durante dois anos. Foi comprovada a melhora na segurança renal e redução da possibilidade de perda de massa óssea, que pode levar à osteopenia e osteoporose e, consequentemente, aumentando o risco de fraturas. O medicamento é de uso oral, o que facilita a administração.
Hepatite B (HBV)
A hepatite B é causada pela infecção de um vírus, o HBV, que pode causar grave dano hepático, cirrose e câncer no fígado e ainda levar à morte quando não controlado adequadamente. Geralmente é transmitido pelo sangue por meio do compartilhamento de seringas e agulhas, escova de dente, lâmina de barbear, hemodiálise, relações sexuais sem o uso de preservativos ou pela transmissão vertical (mãe para o feto no útero).
Existe uma vacina indicada para adultos ou crianças, em 3 doses, e está disponível no Sistema Único de Saúde. Esta fornece proteção em longo prazo para pessoas que não foram infectadas com o vírus.
Muitas vezes, a doença não apresenta sintomas. Mas, em alguns casos, o organismo aponta alguns sinais como: dores abdominais, urina escura, fadiga extrema, vômito, icterícia (olho amarelo) e náuseas.
O diagnóstico é feito através de exames laboratoriais, incluindo o teste rápido disponível na rede pública, necessita de apenas uma gota de sangue e fica pronto em poucos minutos. Em alguns casos, pode haver a necessidade de biópsia do fígado ou exames para avaliar se há comprometimento no órgão. O exame é obrigatório para todas as gestantes.
Embora ainda não exista cura para a hepatite B crônica, existe tratamento que reduz o risco de complicações e diminui a possibilidade de transmissão. Nem todas as pessoas infectadas terão necessidade de fazer o tratamento.
O HBV é uma epidemia crônica mundial que afeta cerca de 257 milhões de pessoas em todo o mundo. No Brasil, são mais de 218 mil, segundo os dados do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, divulgado em 2018. O Brasil e a Organização Mundial de Saúde possuem planos de eliminar a hepatite B como problema de saúde pública até 2030.
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