Meio ambiente

Órgãos ambientais monitoram situação na foz do rio São Francisco

Nordeste levará décadas para repor danos do óleo derramado

Por Redação, com assessoria 10/10/2019 11h11
Órgãos ambientais monitoram situação na foz do rio São Francisco
Manchas de óleo apareceram no litoral alagoano - Foto: Ascom IMA/AL

Técnicos de órgãos ambientais monitoram possível agravamento na foz do rio São Francisco. Desde o início da semana as manchas de óleo foram encontradas em praias de Piaçabuçu, na quarta-feira (09) foram avistadas pequenas manchas na região da foz, nessa quinta-feira (10), os técnicos do Instituto do Meio ambiente (IMA), através do Gerenciamento Costeiro, mantém a atenção para caso haja necessidade de medidas de contenção.

Segundo Ricardo César, coordenador de Gerenciamento Costeiro do IMA, por enquanto será mantido a atenção. “Nós estamos em comunicação permanente com os outros órgãos ambientais existentes em Alagoas e nos outros Estados, mantemos a comunicação também com as prefeituras. Estamos todos em alerta para caso haja a necessidade de medidas para conter o avanço de manchas”, disse.

Sobre a possível instalação de barreiras de contenção, o coordenador disse que serão utilizadas apenas em caso de necessidade. “Se houver o aparecimento de manchas grandes as barreiras poderão ser utilizadas, de modo localizado, para evitar que o produto atinja outros pontos de maiores sensibilidade ao óleo”, comentou Ricardo César.

O relatório atualizado pelo Ibama em 09/10 apresenta o registro de ocorrência de 139 locais afetados, nos nove Estados do Nordeste.

Segundo o documento, em Alagoas apareceram 14 pontos em 10 municípios: Piaçabuçu, Coruripe, Roteiro, Barra de São Miguel, Marechal Deodoro, Maceió, Paripueira, Barra de Santo Antônio, Passo de Camaragibe e Japaratinga. Entretanto, também há relatos de aparecimento de óleo em Jequiá da Praia e Feliz Deserto.

Entre os 22 animais encontrados, afetados pelo óleo ou recolhidos de modo preventivo, três deles estavam em Alagoas, em Feliz Deserto e Coruripe. Todos os três eram tartarugas marinhas, até agora apenas uma delas não resistiu, as outras duas continuam vivas e em recuperação.