Ressocialização

?Menores que cumprem medidas socioeducativas expõem artesanato

Evento acontece até domingo, no Centro de Convenções, em Maceió

Por DICOM TJAL 13/12/2019 21h09
?Menores que cumprem medidas socioeducativas expõem artesanato
Jovens exibem obras no Centro de Convenções de Maceió. - Foto: Lara Morais

Cerca de trinta jovens que cumprem medidas socioeducativas participam de exposição no Centro de Convenções de Maceió, apresentando produções artesanais feitas dentro das unidades de internação. Iniciada na quinta-feira (12), a exposição ocorre como parte da Expo Cidades e Gestores, evento promovido pela Associação dos Municípios Alagoanos (AMA), e continua até domingo (15).

O juiz Bruno Acioli Araújo, substituto do Juizado da Infância, destacou a importância da parceria entre Tribunal de Justiça de Alagoas, Secretaria Estadual de Prevenção a Violência (Seprev) e AMA, para a construção de novos caminhos de cada um dos menores. “É mais um passo para a ressocialização deles, para que eles possam, num futuro próximo, estarem de volta à sociedade”, pontuou.

Everton Teixeira, assessor da Seprev, explicou que a arte está presente na rotina dos jovens. “Dentro da medida socioeducativa, além do ensino regular, das atividades esportivas, recreativas e de espiritualidade, eles têm cursos de artesanato, de produção de manufaturados e, pela primeira vez na história da medida, eles estão tendo oportunidade de participar de um evento como esse e expor a sua arte”.

Aos 19 anos, V.M.S.S. contou que planeja levar consigo os aprendizados adquiridos durante o cumprimento da medida. “Eu vim ter contato com o artesanato depois que entrei no socioeducativo, na medida, aí eu vim ter experiência como artesão e nisso fui evoluindo cada vez mais para até mais lá na frente eu poder ter meu próprio emprego”.

Já M.V.V.S, 17 anos, disse estar feliz com a oportunidade de conhecer coisas novas. “Acho importante porque traz mais conhecimento pra gente, pra gente aprender e ver as outras culturas que, mesmo a gente estando lá fora, muitas vezes a gente não sabia das culturas que tinha no nosso estado. Aqui a gente aprende e pode levar pra vários lugares”, explicou.