Desemprego cai e atinge 11,9 milhões de pessoas; informalidade cresce
No setor do comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a 338 mil postos de trabalho gerados
A taxa de desemprego fechou em 11,2% no trimestre encerrado em novembro, caindo tanto comparação com o trimestre anterior, quando a taxa registrada foi de 11,8%, quanto em relação ao mesmo trimestre de 2018 (11,6%).
A população desocupada, de 11,9 milhões de pessoas, também teve redução em ambas as comparações: -5,6% (ou 702 mil pessoas a menos) em relação ao trimestre anterior e -2,5% (300 mil pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2018.
Os dados fazem parte da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A pesquisa não usa só os trimestres tradicionais, mas períodos móveis (como fevereiro, março e abril; março, abril e maio etc.).
As vagas temporárias abertas no comércio por causa das datas comemorativas de fim de ano contribuíram para a queda de 0,7% na taxa de desocupação. É a maior redução da série histórica, que se iguala ao trimestre encerrado em agosto de 2017.
Em relação ao trimestre anterior, foram cerca de 785 mil pessoas ocupadas a mais no mercado de trabalho. No setor do comércio, a ocupação cresceu 1,8%, o que corresponde a 338 mil postos de trabalho gerados. Em segundo lugar ficou o setor de alojamento e alimentação, com mais 204 mil ocupados, seguido por construção, com 180 mil vagas.
Segundo a analista da pesquisa, Adriana Beringuy, o resultado confirma a sazonalidade esperada para essa época do ano e que foi retomada desde 2017. .
"Ficamos dois anos, em 2015 e 2016, sem ter a sazonalidade já que não havia geração de postos suficientes para atender à demanda por trabalho. Agora, o comércio mostra movimento positivo no trimestre fechado em novembro, o que achamos que está relacionado às datas comemorativas como Black Friday e a antecipação de compras de final de ano", explicou.