Coronavírus cancela expedição dos 500 anos da 1ª circunavegação do mundo
Seriam 371 dias de navegação com paradas em 22 portos de 19 países

O projeto era ambicioso. Seriam 371 dias de navegação, a bordo de um navio de velas imponentes, com paradas em 22 portos de 19 países, em comemoração aos 500 anos da primeira volta ao mundo que Fernão de Magalhães iniciara, em 1519.
Mas dessa vez, águas revoltas e terras desconhecidas seriam nada, diante do que viria pela frente.
Com o fechamento de portos internacionais por conta da pandemia de coronavírus, o navio-escola Sagres teve que retornar em maio para a Base Naval de Lisboa, quatro meses depois do início da viagem, em 5 de janeiro.
A "Grande Viagem de 2020" só deveria ser concluída em 10 de janeiro do ano que vem.
Comandada pelo capitão-de-fragata Antônio Maurício Camilo, 51 anos, e com 142 tripulantes, a viagem do V Centenário da Circum-Navegação de Fernão de Magalhães tinha como objetivo refazer a famosa travessia encabeçada pelo navegador português, em busca de uma rota alternativa para as especiarias das Índias.
"Seria uma viagem desafiante e enriquecedora. Para uma tripulação jovem como a nossa [entre 24 e 25 anos], proporcionaria experiências e recordações únicas tanto da vida a bordo como do contato com os povos e culturas visitadas", descreve o comandante Antônio Maurício Camilo, em entrevista exclusiva por e-mail para o Nossa.
Ter um projeto desse porte abortado pode ser frustrante para qualquer viajante, mas para Camilo foi um misto de sentimentos, entre a tristeza pela suspensão da viagem, a expectativa de reencontrar a família e a preocupação com o impacto da covid-19 em Portugal e no mundo.
"Poder comandar o NRP Sagres é, sem dúvida, marcante. Não apenas pela duração e itinerário da viagem, mas pelo enorme simbolismo", confessa o comandante que classifica o desafio como "uma grande honra".
Rotina alterada
Até onde a pandemia permitiu, a tripulação navegou cerca de 30 mil quilômetros e fez paradas nas Ilhas Canárias, Cabo Verde, Rio de Janeiro, Montevidéu e Buenos Aires.
O comandante conduzia aquela embarcação histórica no ritmo dos ventos, com um olho nos compromissos que tinham em cada porto e outro nas notícias que iam paralisando o planeta.
Mas assim que foi anunciado o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Ministro da Defesa Nacional, João Titterington Gomes Cravinho, e o almirante Chefe de Estado-Maior da Armada, Antônio Maria Mendes Calado, optaram pela suspensão dessa que seria a quarta circum-navegação desse navio de 1962.
A viagem de retorno, quase 10 meses antes do previsto, começou no dia 24 de março.
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