Veterano na política, o ex-governador de Alagoas Ronaldo Lessa (PDT), ingressou de vez no mundo virtual. Diariamente, o político tem se dedicado a responder perguntas de internautas sobre os mais variados assuntos. Uma vez por semana, ele realiza uma live em sua rede social para discutir sobre tema pré estabelecido com o entrevistado escolhido. 

O objetivo é manter visibilidade diante do público que se mantém online nesse período de isolamento social, provocado pela pandemia de coronavírus. 

Com a indisponibilidade de fazer a pré-campanha eleitoral nas ruas, a opção tem sido apelar para entrar na casa dos eleitores através da internet. 

Lessa, que é pré-candidato a prefeito de Maceió, não é o único a intensificar o uso das redes sociais como meio de aproximação dos eleitores. Todas as noites é comum ver políticos que almejam um mandato eletivo estarem comentando assuntos que fogem até da realidade local. Mas, como o intuito é aparecer, o ato passa a ser válido. 

Há, porém, riscos sérios ao se colocar para o debate público. Os ataques através de comentários não podem ser filtrados. Além de acusações - grande parte sem a apresentação de provas - existem os que utilizam os espaços para oferecer serviços e produtos. As lives acabam virando um “mercado livre”. 

A indefinição sobre a data para a realização das eleições têm sido outro problema para os políticos travestidos de influenciadores digitais. Alguns já reclamaram publicamente sobre a escassez de pautas. “Se prolongarem demais o dia da eleição, vou acabar ficando sem ter o que falar”, disse um dos personagens que aderiu à vida política online.