Número de desocupados sobe para 12,4 milhões na pandemia, diz IBGE
Mais de 40 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar, mas não encontram trabalho ou deixaram de procurar, segundo a pesquisa
Mais de 40 milhões de brasileiros gostariam de trabalhar mas não encontram trabalho ou deixaram de procurar, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Fazem parte desse grupo 12,4 milhões de pessoas desocupadas e outros 28 milhões de pessoas fora de força de trabalho, mas que gostariam de trabalhar.
De acordo com os dados da Pnad Covid, o número de desempregados na semana entre os dias 12 e 18 de julho ficou acima do registrado na semana anterior, quando eram 12,2 milhões. A taxa de desemprego, no entanto, ficou estável em 13,1%.
A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurando trabalho) passou de 76,9 milhões para 76,2 milhões de pessoas. Das 28 milhões de pessoas entre elas que disseram que gostariam de trabalhar, 18,6 milhões não procuraram por conta da pandemia ou por não encontrarem ocupação na localidade onde moram.
Pnad Covid X Pnad Contínua
O levantamento foi feito entre os dias 12 e 18 de julho por meio da Pnad Covid19, versão da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua realizada com apoio do Ministério da Saúde para identificar os impactos da pandemia no mercado de trabalho e para quantificar as pessoas com sintomas associados à síndrome gripal no Brasil.
Apesar de também avaliar o mercado de trabalho, a Pnad Covid19 não é comparável aos dados da Pnad Contínua, que é usada como indicador oficial do desemprego no país, devido às características metodológicas, que são distintas. Os dados da Pnad Contínua mais atuais são referentes a julho, e apontaram uma alta do desemprego para 13,3%, com queda recorde no número de ocupados.