Começou o processo de fechamento das 13 lojas físicas da Ricardo Eletro, em Alagoas, espalhadas em oito cidades do Estado. Nesta segunda-feira (10), o pedido de recuperação judicial da Máquina de Vendas, controladora da rede Ricardo Eletro, foi aceito pelo juiz Tiago Limongi, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo (SP).

A decisão afeta as 300 lojas físicas da Ricardo Eletro em 17 estados, demitindo cerca de 3.600 funcionários no país. A dívida da empresa chega a R$ 4 bilhões.

Em julho, Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro, foi preso em São Paulo, investigado na operação "Direto com o dono", de combate à sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. De acordo com os investigadores, aproximadamente R$ 400 milhões de impostos da rede varejista foram embutidos no preço dos produtos, mas não era repassado ao estado.

Através de nota à imprensa, a empresa informou que assim como grande parte do varejo, sofreu os impactos da pandemia. “Desde janeiro deste ano, a companhia passou a enfrentar diculdades no recebimento de produtos chineses destinados à renovação de estoques, devido à paralisação de fornecedores. Em seguida, houve um estrangulamento de caixa provocado pelas necessárias medidas de distanciamento social também no Brasil. Esses fatos comprometeram os esforços de reestruturação que a Máquina de Vendas vinha empreendendo”, diz a nota.

Ricardo Eletro foi fundada por Ricardo Nunes no interior de Minas Gerais, em 1989. Ela chegou a ter mais de 1.100 lojas pelo Brasil, com mais de 12 mil colaboradores diretos, sendo a 5ª maior varejista do país em 2011, segundo o ranking elaborado pelo Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo e Mercado).