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Rosinha da Adefal é acusada de participar de esquema de desvio de dinheiro

A decisão judicial prevê que os acusados percam suas funções públicas que não sejam oriundas de concurso

Por 7Segundos com Metrópoles 18/01/2021 17h05
Rosinha da Adefal é acusada de participar de esquema de desvio de dinheiro
Rosinha da Adefal - Foto: Arquivo Pessoal

Nesta segunda-feira (18), a  Justiça Federal condenou Roseane Cavalcante Estrela, secretária da Pessoa com Deficiência , conhecida como Rosinha da Adefal, por peculato. De acordo com a  decisão do juiz Vallisney de Oliveira refere-se ao período em que Rosinha era deputada federal, entre 2011 e 2013, e se envolveu em um suposto esquema de desvio de dinheiro vinculado ao aluguel de carros. O empresário Emerson Novais Duarte também foi condenado.

 Na ação, o órgão afirma que os investigados desviaram mais de R$ 518 mil ao simularem supostos aluguéis de carros entre fevereiro de 2011 e novembro de 2013. Rosinha era deputada federal e a Câmara dos Deputados ressarcia a despesa declarada em notas frias emitidas pelo empresário Emerson Novais.

A decisão judicial prevê que os acusados percam suas funções públicas que não sejam oriundas de concurso. Vallisney de Oliveira ainda determinou quatro anos de reclusão para cada um dos réus, pena de 25 dias-multa, à razão de um salário mínimo vigente à época dos fatos, para cada dia de multa.

Dentro do mesmo entendimento, o magistrado substituiu a prisão por penas alternativas: 1.460 horas de serviços gratuitos à sociedade e o pagamento de R$ 30 mil aos cofres públicos. Também deverão pagar R$ 80 mil, cada um, como reparação dos danos. Esses valores impostos pela sentença criminal não impedem futura ação civil que vise especificamente o ressarcimento dos prejuízos causados.

O processo de investigação teve início em 2011, a então deputada Rosinha da Adefal contratou a empresa de Emerson, ENM Duarte, para alugar quatro carros – todos com mais de cinco anos de uso – sob o custo de R$ 12,8 mil mensais.

O MPF apurou que os pagamentos sempre foram feitos em dinheiro, diretamente ao empresário. Nesse aspecto, o MPF verificou haver superfaturamento no valor e constatou que não foi feita pesquisa de mercado para a contratação. “Na verdade, o referido contrato foi apenas repetido nos mesmos moldes, valores e placas de veículos negociados anteriormente com um antigo deputado federal por Alagoas, que não foi reeleito”, diz peça do MPF.

No decorrer das investigações, levantou-se as informações de que quase todos os carros locados pertenciam a terceiros e não a Emerson.