Covid-19: MPT pede que Ebserh adote medidas para proteger gestantes no HU
Segundo denúncia, hospital convocou gestantes e lactantes para trabalho presencial
O Ministério Público do Trabalho (MPT) recomendou, na última sexta-feira (05), que a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) adote providências urgentes para proteger as gestantes que trabalham no Hospital Universitário do risco de contágio pela Covid-19. A medida faz parte de um inquérito civil, instaurado pelo MPT para investigar denúncia - veiculada pela imprensa - de que o hospital havia convocado gestantes e lactantes para o trabalho presencial.
De acordo com a recomendação, a Ebserh deve afastar imediatamente do labor presencial as trabalhadoras gestantes, independentemente da idade gestacional, retirando da organização das escalas de trabalho presencial as gestantes, bem como as lactantes com filhos de até 12 meses, assegurada a manutenção da remuneração. O MPT também recomendou que a empresa de serviços hospitalares deverá garantir, sempre que possível, o direito às gestantes e lactantes com filhos de até 12 meses de realizarem as suas atividades laborais de modo remoto, quando compatível com a função.
A notificação recomendatória foi expedida pela procuradora do MPT Eme Carla Carvalho, ao considerar, dentre outros aspectos, o agravamento da pandemia com o aumento do número de infectados e a Nota Técnica nacional do Ministério Público do Trabalho que dispõe sobre proteção à saúde dos grupos de risco, dentre as quais as gestantes, em qualquer idade gestacional. “A despeito da alegação pelo hospital de possibilidade da vacinação às gestantes, que de fato foi recomendada em janeiro deste ano pela Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia em janeiro, não há comprovação de imunização eficaz aplicada às gestantes e lactantes”, considerou a procuradora.
Ainda consta, na recomendação, que a Ebserh aceite, sem oferecer resistência ou embaraço, o afastamento de gestantes mediante atestado médico que comprove a condição de gravidez, vedada a exigência de atestados médicos contendo Código Internacional de Doenças (CID), uma vez que as gestantes, ressaltou a procuradora, se enquadram no conceito de grupo de risco, não sendo configurada nenhuma patologia.
A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares tem 10 dias para comprovar o cumprimento da notificação recomendatória. Caso a Ebserh não adote as medidas indicadas, o MPT poderá ajuizar ação civil pública com pedidos de obrigação de fazer e não fazer, além do pedido de indenização por danos individuais e coletivos.
Últimas notícias
Concurso Um Olhar Sobre Penedo incentiva estudantes a retratar a cidade com criatividade e pertencimento
Moraes vota para rejeitar recurso de Bolsonaro contra condenação
Poupança tem retirada líquida de R$ 9,7 bilhões em outubro
Dupla atropelada em faixa de pedestre na AL-101 Sul segue internada no Hospital Geral do Estado
Mulher que dizia ser Madeleine McCann é condenada por assédio
Cocaína e maconha são apreendidas em van de transporte complementar em Jaramataia
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
