Manifestações da covid-19 mudaram; veja os 3 principais sintomas
Os cientistas acreditam que a variante Delta, que se originou na Índia e vem se espalhando rapidamente desde o início de maio, pode estar por trás da mudança nos sintomas
Cientistas do King’s College London, que dirigem um projeto de vigilância do coronavírus, afirmam que a covid-19 está “agindo de maneira diferente agora”. Antes, febre, tosse contínua e perda de olfato e paladar eram os sinais mais reveladores de contaminação por coronavírus, mas agora, os sintomas mais relatados têm sido outros.
De acordo com o estudo, as pessoas contaminadas têm se queixado mais frequentemente de sintomas de um resfriado leve, como dor de cabeça, dor de garganta e coriza. Nenhuma dessas manifestações, no entanto, está na lista oficial de sintomas do coronavírus do NHS, Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.
Os cientistas acreditam que a variante Delta, que se originou na Índia e vem se espalhando rapidamente desde o início de maio, pode estar por trás da mudança nos sintomas.
Outra hipótese é o fato de pessoas mais jovens serem infectadas e serem mais propensas a sofrer apenas de um quadro leve.
O principal autor do estudo, o professor Tim Spector, disse que as pessoas deveriam fazer o teste se acharem que estão resfriadas. Na opinião dele, isso ajudaria a conter qualquer possível disseminação da covid-19.
Doença rastreada
Esse mapeamento de sintomas está sendo feito desde março do ano passado, por meio de um aplicativo chamado ZOE. É o maior estudo de rastreamento de sintomas do Reino Unido.
Os dados analisados pelo aplicativo mostraram que a tosse era o sintoma mais comum no início da pandemia, com 46% dos pacientes infectados apresentando essa queixa.
Mas agora foi superado por uma dor de cabeça (66%), dor de garganta (53%), coriza (49%) e febre (42%) em pessoas com menos de 40 anos. Pessoas acima dos 40 mostraram resultados semelhantes.
” Todos esses não são os velhos sintomas clássicos, o número cinco é a tosse, então é mais raro e nem vemos mais a perda do olfato entrando no top 10″, disse o professor Spector ao jornal Telegraph.