Transporte

Transporte público na capital vive onda de crise em meio à pandemia

Neste período foram contabilizados 1.727.110 passageiros, enquanto que, no ano anterior, foram 5.513.978, mais que o triplo

Por 7Segundos 18/06/2021 07h07 - Atualizado em 18/06/2021 07h07
Transporte público na capital vive onda de crise em meio à pandemia
Ônibus da empresa Cidade de Maceió - Foto: Reprodução

O mês de maio de 2020, o primeiro ano da pandemia do novo coronavírus, registrou uma queda de aproximadamente 70% no número de passageiros de ônibus em Maceió, quando comparado ao mesmo período em 2019.

Os dados são do Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Passageiros de Maceió (Sinturb). Neste período foram contabilizados 1.727.110 passageiros, enquanto que, no ano anterior, foram 5.513.978, mais que o triplo.

"A pandemia agravou um quadro que já estava se deteriorando há muito tempo. As empresas atuaram durante três anos com uma tarifa 'congelada' e desatualizada - o último reajuste havia ocorrido em fevereiro de 2018", relatou o presidente do Sinturb, Guilherme Borges.

Vale lembrar que duas empresas vivem essa onda de crise. Desde o ano passado, funcionários da Veleiro cobravam salários atrasados, e nesta semana, foi a vez da Cidade de Maceió, que teve suas viagens canceladas no início da semana, devido a uma paralisação dos trabalhadores.

Guilherme explica que isso, somado ao fato de que a média de passageiros vem caindo consideravelmente desde 2014, colocou o setor do transporte público em uma realidade "extremamente delicada".

"Logo no primeiro mês de pandemia, registramos uma queda de mais de meio milhão de passageiros em comparação com o mês anterior. No mês seguinte, a queda foi ainda maior: quase dois milhões de passageiros a menos".

O presidente ainda analisou que, quando comparados o ano anterior com o seguinte, a queda foi de mais de 27,7 milhões de passageiros, representando 45,6%. Por mês, são 2.313.156 a menos.

"O sistema tem operado de forma deficitária, com acúmulo de prejuízos para o setor, e enquanto não for possível alcançar o equilíbrio econômico-financeiro, é necessário que a prefeitura forneça subsídios para que não ocorra um colapso no transporte público de Maceió", ressaltou.