Rosa Weber envia à PGR pedido de investigação contra Bolsonaro e Roberto Dias
Notícia-crime pede apuração sobre suposto pedido de propina para compra de vacinas da Astrazeneca
A ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber encaminhou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação contra o presidente Jair Bolsonaro e o ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias.
A notícia-crime se refere ao suposto pedido de propina em uma negociação paralela para um contrato entre o Ministério da Saúde e a empresa Daviti, relacionado a um lote de 400 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca contra a Covid.
O pedido foi enviado ao STF pela deputada Natália Bonavides (PT-RN) e aponta possível crime de prevaricação por parte de Jair Bolsonaro. Em relação a Dias, a intenção é verificar se ele cometeu os delitos de associação criminosa, corrupção passiva e advocacia administrativa.
O envio do caso à PGR é praxe e está previsto nas regras internas do Supremo. Isso ocorre porque cabe ao Ministério Público verificar se há elementos para pedir a abertura de um inquérito.
"Determino a abertura de vista dos autos à Procuradoria-Geral da República, a quem cabe a formação da opinio delicti em feitos de competência desta Suprema Corte, para manifestação no prazo regimental", escreveu Weber.
Em reportagem do jornal "Folha de S. Paulo", na última terça (29), o representante comercial Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se diz ligado à empresa Davati Medical Supply, afirmou ter se reunido com o então diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.
Nessa reunião, ocorrida em fevereiro, Dominguetti afirma que houve a cobrança de propina, no valor de US$ 1 por dose contratada.
"As revelações contidas na entrevista da Folha de São Paulo corroboram os elementos indiciários já apresentados à CPI do Senado que investiga a condução do governo Federal da pandemia apontados em depoimento de Luis Cláudio Fernandes Miranda, Deputado Federal, e Luis Ricardo Fernandes Miranda, servidor do setor de Logística do Ministério da Saúde, ou seja, subordinado a um dos noticiados", afirmou a deputada.
"Ou seja, temos ao menos duas pessoas que confirmaram ter havido cobrança de propina nas aquisições de vacinas pelo Ministério da Saúde: um servidor público que relatou à CPI, e um representante de uma empresa que afirmou em entrevista que recebeu a oferta para participar de uma Organização Criminosa cujo objetivo seria locupletar os sócios dessa política de morte do Governo Federal", completou.
"Importa ainda rememorar que, conforme relato dos irmãos Miranda à CPI, quando o presidente da República foi informado da suspeita de algumas dessas irregularidades, Bolsonaro pareceu ter ciência do fato", acrescentou Bonavides.
Últimas notícias
Cadeirante cai ao gravar vídeo denunciando problema no elevador do ônibus em Maceió
Marina Sena diverte público ao lembrar sonho de infância: ‘Queria vender coco na praia de Maceió
Réus são condenados a mais de 20 anos por matar homem após discussão por bebida alcoólica
Quatro suspeitos de homicídio são presos em operação deflagrada em Marechal Deodoro
Governo pagou quase R$ 1,5 trilhão em auxílios sociais desde a pandemia
Homem condenado por estuprar adolescente no Benedito Bentes é preso em Maceió
Vídeos e noticias mais lidas
Tragédia em Arapiraca: duas mulheres morrem em acidente no bairro Planalto
Militares lotados no 14º Batalhão de Joaquim Gomes prendem homem suspeito de estrupo de vulnerável
[Vídeo] Comoção marca velório de primas mortas em acidente de moto em Arapiraca: 'perda sem dimensão'
Vídeo mostra momentos antes do acidente que matou duas jovens em Arapiraca; garupa quase cai
