Saúde

Alagoas tem a 2ª menor redução na taxa de expectativa de vida do país

Em função do novo coronavírus, todo o Brasil teve queda na expectativa vida de seus habitantes

Por 7Segundos com Assessoria 02/07/2021 10h10
Alagoas tem a 2ª menor redução na taxa de expectativa de vida do país
Com atendimento qualificado, pacientes como José Joaquim da Silva, de 115 anos, se recuperaram da Covid-19 - Foto: Carla Cleto (Ascom Sesau)

Alagoas voltou a se destacar internacionalmente graças ao êxito do  enfrentamento à pandemia de Covid-19, que tem assegurado assistência  ágil e qualificada aos pacientes infectados pelo novo coronavírus. Dessa vez, estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, publicado  na revista britânica Nature no último dia 29, aponta que Alagoas teve  uma queda de apenas 1,01 ano na taxa de expectativa vida ao nascer de  seus habitantes, representando a segunda menor redução do país em função da pandemia, em levantamento que considera o total de mortes reportadas entre janeiro e abril deste ano.

Pernambuco lidera o ranking, com uma redução de 0,78 ano. Na última  posição aparece o Amazonas, com uma queda da taxa de expectativa de vida de 4,41 anos, seguido por Roraima, com 3,92 anos. A título de  comparação, o estudo mostra que São Paulo, o mais rico entre os 27  Estados brasileiros, teve uma queda 1,82 ano na taxa de expectativa de  vida.

No Nordeste, o Piauí aparece com a terceira menor redução, com 1,20  ano, seguido pela Bahia, com 1,23, e pelo Maranhão (1,25), Rio Grande do Norte (1,36), Paraíba (1,40), Sergipe (1,43) e Ceará (1,57). O estudo  também é assinado por pesquisadores das universidades norte-americanas  Southern California e Princeton, e da Universidade Federal de Minas  Gerais (UFMG).

O dado confirma que o enfrentamento da pandemia em Alagoas é um dos  mais efetivos do Brasil. O estado tem, segundo atualização do Ministério da Saúde (MS) desta quarta feira (30), a segunda menor taxa de  mortalidade do país por Covid-19, com 159,4 óbitos por 100 mil  habitantes – taxa muito menor do que a média nacional, que é de 245,5  mortes por Covid-19 a cada 100 mil pessoas, e também inferior à da  região Nordeste, de 185,8 óbitos.

“Investimos na abertura de novos leitos e, para isso, antecipamos a  inauguração de novos hospitais, além de mudarmos o perfil assistencial  das unidades que já existiam. Em um ano, os alagoanos passaram a contar  com os Hospitais Metropolitano, do Norte, da Zona da Mata e do Alto  Sertão, ampliando as vagas para internação e regionalizando a  assistência, assegurando atendimento no local onde o paciente reside”,  ressalta o secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres.

Atualmente, o Governo de Alagoas disponibiliza 1.488 leitos  exclusivos do Sistema Único de Saúde (SUS) para tratar pacientes  infectados pelo novo coronavírus, sendo 400 de Unidade de Terapia  Intensiva (UTI), 57 de UTI Intermediária e 1.031 clínicos, espalhados  por 18 municípios polo, incluindo Maceió, que possui 818 leitos.

O secretário da Saúde destaca que o Governo do Estado também investiu na logística, adquirindo medicamentos, insumos, EPIs e agilizando a  distribuição para as unidades hospitalares. “Paralelamente, promovemos  campanhas educativas na mídia, sempre com base em evidências  científicas, orientando a população para fazer uso da máscara ao sair de casa, respeitar o distanciamento social e, principalmente, manter a  higiene das mãos”.