Câmeras mostram momento em que médico é morto em festa de formatura
Bruno Calaça, de 24 anos, foi baleado durante comemoração em Imperatriz, no Maranhão. O principal suspeito é um policial militar
Na manhã desta terça-feira (27/7) foi velado o corpo do médico Bruno Calaça, de 24 anos, que foi morto a tiros na festa em que comemorava a formação no curso de medicina, no Maranhão.
O velório e o sepultamento ocorreram em Porto Nacional, a 66 km de Palmas (TO), município em que Bruno cursou a graduação em uma instituição privada.
Câmeras de segurança do local da festa registraram o momento em que o médico foi baleado na madrugada dessa segunda-feira (26/7), em Imperatriz (MA).
O principal suspeito do crime é o soldado da Polícia Militar do Maranhão (PM-MA) Adonias Sadda. Segundo a Polícia Civil, logo após o crime, ele fugiu do local e até o momento não foi localizado, conforme apresenta matéria do G1.
Amigos e familiares pedem justiça nas redes sociais. Os irmãos de Bruno, que também fazem faculdade de medicina no Tocantins, lamentaram a morte e publicaram o quanto ele estava feliz com a formatura, há cerca de 10 dias.
A Associação dos Estudantes de Medicina do Tocantins emitiu nota sobre a morte e ressaltou as qualidades do estudante.
“Bruno era incrivelmente inteligente, era amigo de tantos, era irmão e filho. Um rapaz carinhoso que nunca brigava. Estava sentado antes de ser atingido no peito, por um disparo efetuado por um profissional militar que, aparentemente, não estava em serviço oficial. […] Estava comemorando a sua formatura, empolgado com o futuro que tinha pela frente”, destaca a nota.
As imagens mostram o médico Bruno Calaça sentado em um palco conversando com algumas pessoas. Em seguida, é surpreendido por Adonias Sadda. Eles se empurram e o soldado atira. Antes de cair, Bruno diz algo ao suspeito.
O soldado Adonias Sadda ainda não foi localizado. A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP) e o Comando Geral da Polícia Militar afirmaram ao G1 que estão trabalhando nas buscas.
A motivação do crime ainda está sendo investigada pela Polícia Civil e as medidas administrativas e criminais em relação ao soldado ficam a cargo da Corregedoria Geral da Polícia Militar.