“Se eu disser que sou, não volto atrás”, diz Rodrigo Cunha sobre candidatura ao Governo
Senador diz que não está fazendo “charminho” a respeito de sua participação nas eleições de 2022
O mistério em torno da candidatura do senador Rodrigo Cunha (PSDB) ao governo de Alagoas está prestes a ter um fim. Em entrevista exclusiva ao Portal 7Segundos, nesta sexta-feira (30), o parlamentar disse que irá se posicionar no momento certo, mas que se confirmar a candidatura não voltará atrás. Senador mais votado do Estado, Cunha criticou a pressão que parte da imprensa tem feito para que os nomes da disputa majoritária sejam postos e afirmou não está fazendo “charminho” a respeito da decisão.
“Nós estamos iniciando agora o mês de agosto. Sinceramente, eu paro para pensar qual diferença faz tomar uma atitude agora precipitada, de tomar uma decisão que vai mudar a minha vida, que vai mudar a minha forma de trabalhar daqui para frente”, pontuou o senador ao ser questionado quando irá decidir se será ou não candidato ao governo Estado.
Para Cunha, o posicionamento será dado no momento certo e que a prioridade tem sido apresentar à população alagoana sua atuação em Brasília nos primeiros dois anos como senador. Ele disse, ainda, que não fará como outros políticos que anunciaram candidatura e desistiram no meio do caminho.
“Vai chegar esse momento. Está próximo a isso. Se eu disser que sou, eu não volto atrás. Não tenho aquilo de alimentar uma expectativa como alguns já fizeram e depois dar um passo para trás. Eu não tô fazendo charminho. Estou, sim, pensando em corresponder às expectativas das pessoas que votaram em mim. Se eu me perder agora pelo que querem que eu fale ou faça, eu vou acabar não sendo o que sou”, alfinetou.
Rodrigo Cunha chegou a questionar o posicionamento de alguns veículos de comunicação que, segundo ele, tentam forçar que as candidaturas majoritárias de todos os grupos políticos do estado sejam postas. Para ele, quem anunciar candidatura nesse momento é para fazer “conchavos políticos” e “acordos financeiros”.
“Venho acompanhando a imprensa e acho que não vejo qual contribuição a imprensa dá ao querer que se apresente os nomes. Isso pode até fazer sentido para outros políticos, por que é hora de fechar os conchavos políticos, fechar acordos financeiros, fazer um balcão de negócios, e eu não trabalho dessa forma”, garantiu.
Por fim, o senador revelou que a decisão sobre sua candidatura virá das ruas. “O que vai me permitir ser candidato, vai ser olhar para trás e saber que as pessoas acompanharam meu trabalho. Então está na hora de divulgar meu trabalho. Eu não vou antecipar. Eu sei que esse é o momento de quem é político tradicional, de antecipar porque tem que negociar. Então eu não faço isso”, concluiu.