Maceió está fora da zona de alerta da ocupação de leitos de UTI, aponta Fiocruz
Capital tem a segunda menor taxa do Nordeste
Maceió está fora da zona de alerta da ocupação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19, ocupados no Sistema Único de Saúde (SUS). A informação consta no Boletim Observatório Covid-19, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que foi divulgado nesta quarta-feira (11).
O município registrou uma taxa de 25%. A cidade é uma das 19 capitais brasileiras que estão fora da zona. Dentre as oito nordestinas que figuram nesta situação, Maceió tem o segundo menor número de ocupação, ficando atrás apenas de João Pessoa (19%).
A única capital da região que não está nesta categoria é São Luís, que se encontra na zona de alerta intermediário. Já entre as capitais do país, apenas Goiânia (92%) e Rio de Janeiro (97%) estão com taxas de ocupação na zona de alerta crítico, situação que se mantém há semanas.
As demais fora de alerta são Rio Branco (12%); Manaus (54%); Belém (44%); Macapá (29%); Palmas (53%); Teresina (39%); Fortaleza (53%); Natal (34%); Recife (39%); Maceió (25%); Aracaju (43%); Salvador (38%); Belo Horizonte (57%); Vitória (36%); São Paulo (43%); Florianópolis (31%); Porto Alegre (59%); e Brasília (59%). As outras estão na zona de alerta intermediário.
"Merece destaque a observação de que o cenário de melhora das taxas de ocupação de leitos de UTI para adultos no SUS já convive, sem prejuízos, com a redução significativa de leitos destinados à covid-19 em muitos estados e no Distrito Federal. O gerenciamento desse processo, ainda que exija monitoramento cuidadoso da pandemia, é desejável frente aos desafios postos para o sistema de saúde pelo represamento de demandas por diferentes condições de saúde no decorrer da pandemia", recomenda o estudo.
O boletim recomenda que seja mantido o alerta quanto à possibilidade de variante Delta trazer reveses a esse quadro de melhora. Apesar do cenário favorável, o texto pondera que, "considerando que ainda são altos os níveis de transmissão do vírus, casos e óbitos, é também importante combinar a vacinação com o uso de máscaras e distanciamento físico, para manutenção e avanços nos resultados positivos na direção do controle da pandemia".
Segundo os pesquisadores responsáveis pelo estudo, o país vive o melhor momento para a ocupação de leitos desde que o indicador passou a ser monitorado pelo boletim, em julho do ano passado.
Na análise desta semana, eles voltam a destacar que a vacinação tem feito grande diferença para a redução dos casos graves da doença e pedem que o acesso aos imunizantes seja ampliado e acelerado.