Violência Psicológica é o principal motivo para atendimentos na Casa da Mulher Alagoana
No mês de conscientização à violência doméstica, casa de apoio mantida pelo Judiciário alerta para tipo de crime que não é facilmente percebido nos relacionamentos

Nem todo mundo sabe, mas violência doméstica vai muito além de agressão física. Os relatos de violência psicológica nos atendimentos realizados pela Casa da Mulher Alagoana superam os de outros tipos de violência, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (13) pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), com dados de 10 de maio a 9 de agosto.
Casos de violência moral e física também foram denunciados, mas a predominância da violência psicológica chama atenção para um crime que não é identificado tão facilmente nos relacionamentos. O alerta é importante, principalmente neste Agosto Lilás, mês de conscientização à violência doméstica.
"Muitas acham que está tudo bem em ser tratada com grosserias, gritos, desrespeito, ofensas, humilhações, controle e ciúme excessivo por parte de seus parceiros, porque esse 'é o jeito dele'. Além disso, existe o medo de que não haja resolutividade da sua denúncia, mas nós estamos aqui justamente para acionar todos os mecanismos possíveis para que essa mulher seja protegida e cuidada", afirma a psicóloga Bárbara Abreu, que atua na Casa da Mulher.

"Não é surpresa para nós que a violência psicológica seja a que mais aparece. Sabemos que a violência não começa com o tapa, o soco, a facada. Ela começa com a comunicação violenta, com as agressões verbais, com as ameaças, humilhações", reforça a psicóloga.
O juiz Thiago Morais, da Comarca de Mata Grande, aponta que a acusação para esse tipo de caso pode ser provada através de prints de conversas que aconteceram de forma virtual, além da utilização de testemunhas e a palavra da própria vítima.
De acordo com o Tribunal de Justiça, dentre os 88 atendimentos, 55 resultaram em denúncias registradas na delegacia que funciona na Casa da Mulher. Outros 31 foram encaminhados para Defensoria, Ministério Público e demais órgãos responsáveis. As mulheres tinham entre 18 e 79 anos.
O boletim de ocorrência é confeccionado pela polícia quando há a definição de que o caso é criminal, então as declarações da vítima são colhidas e uma medida protetiva é requerida. A mulher recebe acompanhamento durante todo o processo.
Saiba como funciona o atendimento na Casa da Mulher
A Casa da Mulher Alagoana foi inaugurada no dia 8 de janeiro, mas só começou a funcionar no início de maio.
Dados pessoais são colhidos na recepção.
Encaminhamento para a equipe multidisciplinar da Casa da Mulher.
Psicólogas e assistentes sociais fazem a escuta da vítima e podem encaminhá-la para algum setor específico, ou para a delegacia que funciona na Casa.
As denúncias feitas na delegacia, são acompanhadas de pedido de medida protetiva, analisado posteriormente pela Justiça.
A Casa da Mulher Alagoana fica ao lado da Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, e funciona de segunda a sexta, das 7h30 às 19h30. É possível entrar em contato através do número (82) 2126.9650.
Últimas notícias

São Sebastião integra programa “Alagoas Sem Fome na Infância” e reforça compromisso com a primeira infância

Alagoas lidera redução da insegurança alimentar e conquista destaque no Prêmio Brasil Sem Fome

Vídeo mostra homem se masturbando dentro de van em Arapiraca

Operação contra furto de cabos resulta em seis prisões em cinco municípios de Alagoas

Hospital de Emergência do Agreste promove ação de prevenção ao câncer de mama

Gominho é internado em hospital e desabafa: "Não faz sentido"
Vídeos e noticias mais lidas

Guilherme Lopes dispara contra Beltrão: 'Penedo não deve nada a você'

Empresário arapiraquense líder de esquema bilionário perseguia juízes e autoridades, diz ex-mulher

Quem era 'Papudo': líder de facção de altíssima periculosidade morto confronto em Arapiraca

Policiais militares são presos por extorsão na parte alta de Maceió
