É falso que adolescentes não precisem tomar vacina contra covid-19
Desinformação ganhou repercussão a partir da fala de comentarista na TV à cabo

Circulam nas redes sociais informações que colocam em dúvida a necessidade da imunização de crianças e adolescentes contra a Covid-19. As opiniões são baseadas em boatos. A Anvisa autorizou a vacinação em crianças de 12 anos ou mais e especialistas já reconhecem a importância da imunização deste público, especialmente entre aqueles que possuem alguma comorbidade.
Os comentários foram compartilhados após a opinião do jornalista Alexandre Garcia na CNN. “Jovens não precisariam tomar a vacina segundo as estatísticas”, disse. No Twitter, um seguidor endossa o pensamento do comentarista: “Jovem precisa se vacinar? Onde tem um estudo? A daí não precisa de estudo né? (sic)”.
A fala de Alexandre Garcia, no entanto, não teve embasamento científico. Ele mesmo deixou claro que se tratava apenas de “uma opinião de leigo”. Após a participação do jornalista, a CNN se retratou e corrigiu a desinformação. O esclarecimento foi feito pela jornalista Elisa Veeck.
“Segundo o infectologista e também diretor da Sociedade Brasileira de Imunizações, Renato Kfouri, com a medida que se previne mortes em adultos e idosos, os casos de hospitalização com formas graves serão entre os não vacinados. No caso das crianças, [a taxa de hospitalização] que era de 0,35% pode, sem vacina, chegar a 15%. Além dessa informação, acrescentamos que o registro para esse ano de mortes por Covid-19 entre crianças e jovens é de 1.581 [fatalidades]”, esclareceu a emissora.
Em junho, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a Anvisa, responsável por regulamentar a imunização no Brasil, autorizou o uso da vacina da Pfizer para crianças com 12 anos ou mais. Em nota, a agência informou que a ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo.
O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assegurou a inclusão de brasileiros de 12 a 17 anos, com prioridade para aqueles com comorbidades, no Plano Nacional de Imunização (PNI) contra a Covid-19. A vacina já estava autorizada para pessoas com 16 anos de idade ou mais.
O infectologista e pediatra Marco Aurélio Sáfadi, presidente do departamento de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria, falou em entrevista à CNN sobre a importância da vacinação entre crianças e adolescentes, principalmente no grupo com comorbidades.
“É natural que após descobrirmos que as vacinas funcionam, que são seguras em adultos, que a gente vá caminhando para outros grupos etários. São os adultos que mais sofrem com as consequências da Covid-19, entretanto, há também casos graves em crianças e é muito desejável contar com uma vacina. Os adolescentes de 12 a 17 anos que têm patologias são também de maior risco para a doença”, pontuou.
Além de colocar em dúvida a eficácia da vacina em adolescentes, Alexandre Garcia também apresentou outras ideias que não são compartilhadas pela comunidade científica. Ele acusa, por exemplo, a vacina da Pfizer de ser experimental e diz não saber quais as consequências de imunizantes de mRNA. “Mexe no DNA, sei lá”, supõe Garcia. A editoria Alagoas Sem Fake já verificou que a vacina não é experimental e que não altera o DNA, checou ainda que vacinas de RNA são seguras.
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