Após disseminação de fake news, especialista explica formas de transmissão do HIV e como evitar cair em notícias falsas
A profissional Simone Mazoni pontua que o vírus do HIV tem que estar dentro do sangue ou/e fluídos sexuais para estar em seu estado infectante e, por isso, a vacina contra a Covid-19 não tem relação com o assunto
Após o presidente Jair Bolsonaro associar a vacina contra a Covid-19 com o desenvolvimento de Aids, o 7Segundos entrevistou a psicóloga responsável pela prevenção do Programa Estadual de Prevenção a IST, HIV, Aids e Hepatites Virais, Simone Pinheiro Mazoni, para informar e esclarecer como identificar as famosas fake news, ou também conhecidas como notícias falsas.
A profissional pontua que a transmissão do vírus se dá através de relações sexuais sem o uso de preservativos, materiais perfurantes – como seringas, agulhas, e materiais que não deveriam ser compartilhados, como lâminas de barbear, navalhas, alicates de unhas, etc., através da gestação – quando a mãe é infectada e pode transmitir o vírus ao feto no parto ou durante a amamentação.
Mazoni ainda faz um adendo sobre formas que o vírus não pode ser transmitido, apesar de muitas pessoas ainda acreditarem nos mitos, como “através do contato físico, troca de carícias (beijar, abraçar), picadas de insetos, saliva, lágrima, suor, espirro, banheiros, vaso sanitário, sauna, piscina, copos, pratos e talheres”.
Ela explica que “o vírus do HIV morre em segundos em contato com o oxigênio. O vírus tem que estar dentro do sangue ou/e fluídos sexuais para estar em seu estado infectante”.
A psicóloga lamenta a disseminação das fakes news envolvendo um tópico importante como esse. “A disseminação de notícias falsas e a desinformação aumentam a sensação de insegurança da população, já que desconfiam quanto a veracidade do conteúdo recebido somado a preocupação de se infectar”, disse.
Para evitar acreditar em notícias falsas, ela aponta que “a informação com dados técnicos, científicos e transmitidos através de linguagem acessível à população é a forma mais eficaz de combater e neutralizar os efeitos das fake news”.
*Com supervisão da Editoria