Moradores dos bairros afetados pelo afundamento do solo acamparam em frente à sede da Braskem em um protesto pelo pagamento das indenizações. Dentre os manifestantes, estava a professora Josinete Luciano dos Santos, de 58 anos, que culpa a empresa pela morte de sua mãe.

Ela foi até o protesto usando uma camiseta com a foto da mãe e segurando uma cruz com a frase “Meu luto virou luta”. Em entrevista ao 7Segundos, ela falou sobre o assunto.

“Ela já era uma pessoa doente, debilitada. Quando ela soube que iria sair da casa, não aceitou. Jurei que não a deixaria sair de lá. Com 15 dias, minha mãe parou de comer e foi internada. Ela morreu e não voltou mais para casa. Eu estava sepultando a minha mãe quando a vizinha ligou informando que a casa estava sendo selada pela Braskem”, relatou.

Para a moradora, o problema geológico e a possibilidade de deixar a casa que morou durante anos afetaram diretamente a saúde da mãe.

“Hoje, estou aqui em nome dela. Não vou parar de lutar e gritar por Justiça. Os assassinos estão impunes. E não foi só a minha mãe. Esse sentimento de ódio de revolta é muito forte. Meu luto virou luta”, afirmou.