Política

População e entidades políticas realizam protesto em frente à Braskem

Manifestantes cobram empresa pelo problema das rachaduras no solo

Por 7Segundos 03/12/2021 10h10 - Atualizado em 03/12/2021 15h03
População e entidades políticas realizam protesto em frente à Braskem
Manifestantes protestam em frente a sede de Braskem - Foto: Cortesia

Manifestantes realizam um protesto inter-religioso na manhã desta sexta-feira (3) em frente à sede da Braskem, localizada no bairro do Pontal da Barra, em Maceió.

A movimentação conta com a participação dos moradores afetados pelo problema da mineração do sal gema que afetou os bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange e Bom Parto, na capital alagoana.

Manifestantes fecham rodovia com placas e palavras de ordem. Foto: cortesia

A manifestação conta com o apoio de 12 lideranças religiosas e tem a aderência de oito entidades políticas. O evento conta com uma programação musical, manifestações folclóricas, artísticas, culturais, religiosas e deverá contar com depoimento dos moradores afetados pelas rachaduras.

Em decorrência do protesto, o trânsito na região encontra-se congestionado. Segundo relato de motoristas, somente a ida para o litoral sul do estado encontra-se obstruída.

A Braskem encaminhou a seguinte nota:

"A Braskem reitera o respeito ao direito de manifestação pacífica, dentro dos limites legais e que não represente riscos à segurança das pessoas.

O Programa de Compensação Financeira e Apoio à Realocação (PCF) segue um cronograma público e permanentemente acompanhado pelas autoridades. O prazo estimado para a conclusão é dezembro de 2022, mas as equipes vêm trabalhando incessantemente para dar ainda mais celeridade ao programa. E os números mostram isso. Dos 14.416 imóveis identificados no mapa de desocupação e monitoramento definido pela Defesa Civil, 13.994, ou seja, 97% já foram desocupados de forma preventiva, com as mudanças feitas e pagas pela Braskem, além de auxílios e serviços para moradores, comerciantes e empresários incluídos no PCF.

No âmbito da compensação financeira, 11.168 propostas foram apresentadas. Deste total, 9.608 foram aceitas e 8.373 pagas – a diferença entre os números de propostas apresentadas e aceitas se deve aos prazos que as famílias têm para analisar os valores ou solicitar a reanálise. A média de apresentação de propostas é de 700 por mês e o índice de aceitação geral é de 99,6%, com apenas 42 recusadas. O valor pago até o momento em indenizações, auxílios financeiros e honorários de advogados supera R$ 1,8 bilhão. Os dados são apresentados regularmente às autoridades signatárias do acordo.

A Braskem implementou medidas de apoio à regularização dos documentos das famílias, comerciantes e empresários, inclusive com maior flexibilidade do que seria exigido no Judiciário. Mas existem certos limites que devem ser observados para garantir que as compensações sejam pagas a quem de direito e em conformidade com a lei. Também há situações em que a legislação exige uma documentação mais complexa, como as que envolvem imóveis objeto de herança. Em todos os casos, a equipe da Braskem presta apoio para a solução.

A empresa reitera seu compromisso com a segurança dos moradores dos bairros afetados pelo fenômeno geológico, propondo e executando as ações necessárias para isso, e com o desenvolvimento do Estado de Alagoas.

A Braskem está presente há décadas em Alagoas com a fábrica de cloro-soda, a maior unidade do gênero na América Latina, e a de PVC, em Marechal Deodoro. A integração de suas fábricas compõe um elo essencial nas cadeias do plástico e da química no Estado, envolvendo dezenas de empresas parceiras, constituindo peça-chave na atração de novos empreendimentos e impulsionando a diversificação econômica. Atualmente, a Braskem movimenta cerca de R$ 1,5 bilhão por ano na economia de Alagoas, gera em torno de 530 empregos diretos e mais de 2 mil empregos indiretos, ao passo que o setor plástico-química emprega mais de 12 mil trabalhadores em todo o Estado. Essa cadeia produtiva tem uma participação no PIB alagoano de cerca de 15%".