Travestis sofrem abuso e são obrigadas a manter relações sexuais em presídio
Objetos de higiene pessoal são trocados por sexo no Baldomero Cavalcanti
A Comissão de Direitos Humanos e de Diversidade Sexual e Gênero da OAB Alagoas (Ordem dos Advogados do Brasil) divulgou nesta quarta-feira (16) um relatório apontando a situação vivida por reeducandos no presídio Baldomero Cavalcante.
Uma das situações encontrada, foi a de duas travestis que não se encontravam no módulo apropriado para as mesmas, o acolhimento. Ambas relataram terem sofrido assédio e abuso, e que tiveram que manter relações sexuais com outros reeducandos para ter acesso a itens de higiene básico. Uma delas também denunciou que teve o cabelo cortado.
O relatório cita que por não terem acesso material, elas ficam reféns de outros reeducandos para conseguirem itens básicos de higiene.
"Elas relataram, no entanto, que, ao sair do Acolhimento, no primeiro módulo onde foram encarceradas, sofreram assédios e abusos, uma delas teve o cabelo cortado e tiveram de manter relações sexuais com outros reeducandos para ter acesso a itens de higiene. Segundo relataram, ainda estavam sem receber itens de higiene ou feira, e se encontravam sob muito constrangimento. É evidente que Luna e Júlia, fora do Acolhimento, estão sob grave risco de agressões e violações,o que torna a permanência delas no Módulo V", traz.
O 7Segundos entrou em contato com a Seris e aguarda um posicionamento.
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