Justiça

Começa julgamento do acusado do crime conhecido como “chacina do Guaxuma”

Um casal e dois filhos deles foram mortos brutalmente dentro de um sítio

Por 7Segundos 24/03/2022 10h10 - Atualizado em 24/03/2022 10h10
Começa julgamento do acusado do crime conhecido como “chacina do Guaxuma”
O acusado do crime conhecido como “chacina do Guaxuma”, Daniel Galdino Dias - Foto: Assessoria

O acusado do crime conhecido como “chacina do Guaxuma”, Daniel Galdino Dias, começou a ser julgado nesta quinta-feira (24) na 9ª Vara Criminal da Capital, no Fórum do Barro Duro.

Ele é acusado de matar um casal e dois filhos deles, um menino de 2 anos e uma menina de 9 anos, dentro de um sítio no ano de 2015. Um outro filho sobreviveu e reconheceu Daniel Galdino Dias como o autor do crime.

Na época das investigações, outras pessoas foram presas, mas tiveram o envolvimento descartado. Daniel Galdino nega o crime.

Ao todo, serão ouvidas 8 testemunhas, sendo cinco de acusação e três de defesa. Para o promotor Frederico Alves Monteiro, o Ministério Público do Estado (MPE) não tem dúvida nenhuma de que ele é realmente o autor do crime.

“O MPE vai sustentar a tese de homicídio triplamente qualificado em relação às quatro vítimas fatais e tentativa de homicídio triplamente qualificado em razão da criança que sobreviveu ao crime. Foi uma investigação complexa. É possível compreender dos autos que o acusado perpetrou o primeiro homicídio contra Evaldo e, para ocultar, volta à casa e mata a esposa e duas crianças, ficando uma vítima viva”, explicou.

Em entrevista à TV Pajuçara, o advogado de defesa, Israel Lucas Guerreiro de Jesus, falou sobre as expectativas sobre o julgamento.

“Trazer a verdade dos fatos. O MPE não traz um motivo plausível, justamente porque não existe. O inquérito policial foi muito robusto, mas tendencioso quando viu que poderia trazer para sociedade uma resposta de maneira mais rápida. É crime bárbaro, de comoção nacional, condenando uma pessoa inocente que já está presa há mais de 6 anos, enquanto os verdadeiros culpados estão soltos”.

As vítimas foram Evaldo da Silva Santos e Jenilza de Oliveira, que eram casados, e os seus filhos Estérfany Eduarda de Oliveira Santos e Adrian Guilherme de Oliveira Santos.