Psicóloga conta que usou histórias infantis para ajudar criança a reconhecer suspeito
O julgamento começou nesta quinta-feira (24)
A psicóloga Aline Damasceno contou que usou histórias infantis para ajudar a criança sobrevivente da chacina de Guaxuma, à época [2015] com seis anos, a reconhecer o suspeito, identificado como Daniel Galdino Dias. O julgamento começou nesta quinta-feira (24).
"Ele o reconheceu cinco vezes. Foi um trabalho minucioso. Nós, de forma lúdica, fomos inserindo algumas pessoas, elementos, mostrando figuras, contando histórias. Contamos a dos três porquinhos, tinha que ser uma com um machado [arma do crime]", explicou em entrevista à TV Ponta Verde.
Aline relatou que foram feitos diversos estudos da equipe, para confirmar o reconhecimento. Para isso, a criança foi colocada cinco vezes frente a diversas pessoas e o acusado e, em todas as vezes, Daniel foi apontado como suspeito.
"Na última, que aconteceu na sede da Polícia Federal, nos a colocamos em frente a um vidro unilateral de cara com cinco suspeitos. Quando ela viu o Daniel, começou a se encolher com medo", disse.
A criança confirmou à psicóloga que viu Daniel matar os pais e os irmãos. Primeiro foi o pai, depois a mãe, a irmã de nove anos e o irmão mais novo, de dois. Por último, o acusado tentou matá-la, mas sobreviveu.