Complexo educacional do Pilar recebe mutirão de neurologia
O mutirão é uma iniciativa das secretarias municipais de Educação e Saúde

A educação inclusive também é prioridade no Pilar. Nessa quarta-feira (13), o Complexo Educacional Professor Petrônio Viana foi palco de um mutirão de neurologia realizado com o objetivo de avaliar 25 crianças e adolescentes que, após análise preliminar, apresentaram alguma dificuldade de aprendizagem em sala de aula. Todos os pais ou responsáveis receberam os diagnósticos de um especialista e foram orientados sobre como proceder em favor de cada jovem.
O mutirão é uma iniciativa das secretarias municipais de Educação e Saúde, por meio dos programas de Educação Especial e de Saúde na Escola, como explica o secretário de Educação, Clewinho Cavalcante. “Trouxemos a neurologista Mariana Prado para os exames que são de extrema importância para essas crianças. Com o diagnóstico preciso, os pais podem ter acesso a direitos exclusivos da pessoa com necessidade especial, enquanto o Município, por sua vez, pode aperfeiçoar suas práticas em prol do desenvolvimento integral dos nossos alunos”, disse o secretário.
Diretora do complexo educacional, Eliane Mendonça conta que a mutirão evitou que os pais dos alunos se deslocassem para outro local em busca de atendimento. “Eles foram atendidos na própria sala de recursos, onde ofertamos toda a estrutura necessária, dispondo também de uma equipe multidisciplinar composta por psicólogo, assistente sociais e professores especializados. E o acompanhamento, inclusive, é extensivo ao familiar, que precisa estar preparado para lidar com os desafios do dia a dia, complementando, em casa, o trabalho que realizamos na escola”, afirmou.
Maria Gomes Clementino é professora da sala de recursos da Escola Jarbas Passarinho, uma das quatro instaladas no complexo. Especialista em Atendimento Educacional Especializado (AEE) na Educação Básica, Maria esclarece que a finalidade é potencializar as habilidades de cada aluno, de modo que ele consiga realizar quaisquer tarefas.
“Tudo começa quando o professor nota algo diferente, elabora um relatório e nos informa a situação. Fazemos, então, uma anamnese e trabalhamos no sentido de permitir, entre outras coisas, o convívio regular com os colegas de classe, para que ele se sinta capaz não apenas em sala de aula”, comentou a professora, acrescentando que muitos pais deixam de acolher seus filhos em virtude da superproteção ou por puro desconhecimento.
“Nós temos, por exemplo, o Transtorno Desafiador Opositivo, que é quando a criança não aceita o ‘não’. Humor irritável, agressividade e índole vingativa também são sinais. Porém, também neste caso, o tratamento envolve terapia individual e familiar. O crescimento em um ambiente tumultuado é uma possível causa”, emendou.
Imilligeine da Silva é mãe do Pedro Henrique, que tem 7 anos e estuda na Escola Municipal Washington Maia. Ela conta que, há algum tempo, começou a notar o filho muito agitado, razão pela qual decidiu procurar ajuda. “Só tenho a agradecer porque sei que, agora, vou cuidar melhor dele”, relatou a dona de casa.
Já o motorista Antônio Silva, pai da Ana Alícia – que tem 16 anos, é autista e estuda na Escola Renato de Mendonça –, disse se sentir mais tranquilo após a consulta médica. “Temos todo o apoio da Prefeitura, que disponibiliza transporte, merenda de qualidade e um auxiliar de sala para acompanhar a minha filha. O prefeito Renato Filho, inclusive, veio visitar a sala de recursos e foi muito atencioso. O atendimento é excelente”.
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