Vereadores de Jequiá acusam presidente da Câmara de golpe em eleição da Mesa Diretora
“Houve um golpe”, denuncia o vereador

A eleição antecipada para a Mesa Diretora da Câmara Municipal de Jequiá da Praia, ocorrida ontem para o biênio de 2023/2024, deve ser anulada, diz o vereador Cialex Azarias dos Santos, que entrará com recurso interno questionando o indeferimento de sua chapa para a disputa. “Houve um golpe”, denuncia o vereador, que conta com o apoio de mais quatro dos nove vereadores do município.
Segundo Cialex, o presidente da Casa, Manoel Carvalho, “numa ação golpista não aceitou a inscrição da nossa chapa, mesmo ela estando já protocolada dentro do prazo exigido pelo regimento. Estamos impetrando um recurso e se for preciso vamos judicializar a questão, não aceitamos autoritarismo ou qualquer jeito torto de quem quer que seja para se manter no poder, representamos o povo da nossa Jequiá com ética e dignidade”.
Entenda o caso: Segunda-feira, 23, os vereadores Cialex Azarias, Salomão Barbosa da Silva, Maria José Alves Ananias e José Zilmo Alencar Santos protocolaram na Câmara Municipal de Jequiá a chapa deles à Mesa Diretora da Casa para 2023/2024. Terça-feira, 24, dia da eleição, o presidente da Casa, Manoel Carvalho indeferiu, alegando que o servidor que recebeu e protocolou a inscrição não estaria habilitado para tal serviço.
O vereador Cialex ainda apelou para o artigo 10 do Regimento Interno da Câmara, que prevê a inscrição de chapas concorrentes no início da sessão, mas o presidente Manoel Carvalho não aceitou. “Foi visivelmente um golpe no regimento da Casa, na democracia, contra a população de Jequiá da Praia”, reforçou.
Com apenas a chapa 1 inscrita, encabeçada pelo vereador Jaime Leite, ligado a Manoel Carvalho e ao prefeito do município, Felipe Jatobá, foi mantido no poder o mesmo grupo político. “Ele (Manoel Carvalho) não ia eleger seu candidato, somos um grupo de cinco contra quatro, além dos que estão na chapa, a gente conta com o voto e apoio do vereador Del de Eraldo”, explicou Cialex, adiantando que o registro da candidatura dele foi protocolada de forma virtual e física. “Temos o recebimento da inscrição, não há nada ilegal”, argumenta o vereador.
“Os vereadores da comissão eleitoral, indicados pelo presidente, fazem parte desse conchavo para garantir a reeleição dos mesmos”, acusou Cialex, enfatizando que no recurso dirigido ao plenário da Casa ele pede a anulação da sessão extraordinária de ontem e a realização de uma nova para eleger o comando da Casa para os próximos dois anos.
Repercussão – Vereadores de cidades vizinhas de Jequiá criticam a postura do presidente Manoel Carvalho. O vereador Henrique, de Coruripe, com mandato desde 2012, diz que é preciso apurar o que aconteceu. “Nunca vi maioria perder para minoria, não tem lógica, o que aconteceu foi um absurdo, o presidente descumpriu o regimento”, enfatizou. Carlos Aliberto, vereador de Anadia desde 2012, três vezes vice-presidente do legislativo de seu município, afirma que “houve má fé” da atual mesa diretora. “Foi uma manobra contra o regimento, pressão pelo poder”, destaca o vereador.
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