Justiça

Homem que matou advogado por engano é condenado a 24 anos e seis meses de prisão

O crime ocorreu em 2009 e o alvo era o juiz Marcelo Tadeu

Por 7segundos com assessoria 01/06/2022 06h06 - Atualizado em 01/06/2022 06h06
Homem que matou advogado por engano é condenado a 24 anos e seis meses de prisão
Ministério Público Estadual de Alagoas (MPAL) - Foto: Ascom MP/AL

O Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL) condenou a 24 anos e seis meses de prisão o réu Antônio Wendell Guarnieir acusado de matar o advogado Nudson Harley Mares de Freitas por engano. Segundo os autos do processo, o alvo seria o juiz Marcelo Tadeu.  O crime ocorreu em julho 2009, no bairro de Mangabeiras, em Maceió. O júri durou 12 horas e foi presidido pela juíza Lívia Matos. 

 O promotor de Justiça Antônio Villas Boas, que esteve bravamente à frente da acusação, entende que a pena de 24 anos e seis meses de prisão, em regime fechado, atendeu às expectativas.

" O réu foi condenado a uma pena de 24 anos e seis meses, por crime triplamente qualificado: mediante paga; perigo comum e recurso que impossibilitou a defesa da vítima, uma vez que foi surpreendida pelos seus algozes quando estava em uma ligação num telefone público localizado em frente à Farmácia São Luiz, na rua João Davino, bairro Mangabeiras”, enfatiza Villas Boas.


Consta nos autos que o advogado mineiro teria morrido por engano, em lugar do juiz aposentado Marcelo Tadeu. A vítima estava em Alagoas a trabalho e foi executado quando falava de um orelhão. Segundo o promotor Villas Boas, a defesa tentou derrubar as qualificadoras, inclusive apontando que se dispôs a ser ouvido em delação premiada.

“O conselho de Justiça refutou a tese de defesa que apelou para que reconhecessem a delação premiada do réu Wendel Guarnieri, mas isso não ocorreu e, finalmente, foi feita a justiça que era tão aguardada pela viúva e os demais parentes. Com a condenação dele, o Ministério Público tem a convicção de que cumpriu o seu papel, promoveu justiça, e hoje a sociedade alagoana está de parabéns”, afirma o promotor Villas Boas.