Saúde

Busca ativa é essencial para detectar casos de cardiopatia congênita

Em sete anos, a Casa do Coraçãozinho realizou 635 cirurgias cardiopediátricas

Por 7Segundos com Assessoria 01/09/2022 16h04
Busca ativa é essencial para detectar casos de cardiopatia congênita
Projeto “Coração de Estudante” - Foto: Assessoria

Em Alagoas, a cada 50 mil nascidos vivos, 500 terão cardiopatia congênita. O Estado vem conseguindo tratar vários casos. A indicação para cirurgia no primeiro ano de vida é para 80 crianças e o encaminhamento tardio acomete 160 crianças. Esses números foram apresentados na tarde desta terça-feira (30/08) para a primeira-dama e coordenadora do Programa da Primeira Infância, Marina Dantas, na Casa do Coraçãozinho, gerida pela Sociedade Beneficente do Coração de Alagoas - Cordial.

A Casa do Coraçãozinho foi inaugurada em dezembro de 2016. Ao longo desse período, foram realizados 34.231 procedimentos, sendo 14.577 consultas e 18.671 exames. Além de 635 cirurgias cardiopediátricas e 348 procedimentos de hemodinâmicas. Conforme informações do presidente da Cordial, o médico Claudio Soriano, com a busca ativa para detectar crianças com cardiopatia congênita, o número de cirurgias deve chegar a 20 por mês. Atualmente, são realizadas 10. Segundo ele explicou, na visita que também foi acompanhada pela médica Paula Dantas, "ainda existe uma quantidade considerável de casos subnotificados", .

O projeto “Coração de Estudante”, uma iniciativa da Casa do Coraçãozinho, acontece em parceria com a rede pública de ensino nas escolas a fim de detectar crianças que possam ter a doença e tratá-las. “Essa busca ativa resultou em 8.771 atendimentos em 33 edições, em 13 municípios alagoanos e mais de 300 crianças fora encaminhadas para fechamento de diagnóstico e tratamento na Casa do Coraçãozinho”, afirmou Cláudio Soriano.

Em decorrência da Covid, o trabalho elaborado pelo “Coração de Estudante” teve uma pausa. E a pandemia também trouxe mais preocupações para os familiares dos pequenos pacientes, pois a doença aumenta em 20 vezes a chance de morte.

Dentro da expertise de Cláudio, Marina questionou qual ponto o Programa da Primeira Infância poderia contribuir ainda mais e obteve a resposta. “Investir na primeira infância é investir na parentalidade, ou seja, na família”, afirmou. Segundo ele, muitos pais se ocupam com o sustento dos filhos e acabam não dedicando o tempo necessário de brincar com as crianças e promover momentos de mais carinho, entre outras formas de atenção, ponto fundamental para o desenvolvimento cognitivo.