O Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE) divulgou a publicação inédita ‘Pessoas com deficiência e as desigualdades sociais no Brasil', que mostra que os PCDs estão menos presentes no mercado de trabalho, em relação àqueles que não têm deficiência.

Em 2019, ano em que os dados da pesquisa foram coletados, a taxa de participação para pessoas com deficiência (28,3%) era menos da metade do que entre as pessoas sem deficiência (66,3%). Esse indicador mede a proporção de ocupados e de desocupados entre as pessoas.

Já a taxa de desocupação era maior para pessoas com deficiência (10,3%) do que para as pessoas sem deficiência (9,0%). Esse indicador era de 25,9% entre as pessoas com deficiência de 14 a 29 anos de idade e de 18,1% para as pessoas sem deficiência da mesma faixa etária. Para os idosos com deficiência, a desocupação era de 5,1% ante 2,6% para os idosos sem deficiência.

Em entrevista ao 7Segundos, a coordenadora de inclusão da Pessoa com Deficiência ao Mercado de Trabalho da Adefal, Telma Albino, falou os motivos que provocam a desigualdade de oportunidades.

“A maioria das empresas não cumprem a Lei de Cotas, algumas preferem até pagar a multa ao Ministério do Trabalho. Além disso, existem as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada e não querem se arriscar a perder para conseguir um lugar no mercado. E, claro, as barreiras de preconceito, capacitismo, transporte e as empresas que não investem em tecnologia assistiva”, afirma .

A Associação de Deficientes Físicos de Alagoas, a Adefal, oferece um serviço de agência de emprego filantrópico. As empresas entram em contato com a organização e ela encaminha currículos de profissionais PCDs, de acordo com o perfil que mais se encaixa

“Só essa semana, sete empresas entraram em contato com a gente atrás de currículos. Além desse trabalho, também firmamos parcerias para oferecer capacitação e aperfeiçoamento de currículos”, explica Telma Albino .